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    Drone mata 'número dois' da milícia Estado Islâmico, dizem EUA

    DIOGO BERCITO
    EM MADRI

    21/08/2015 16h31

    A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira (21) a morte de Fadhil Ahmad al-Hayali, número dois no comando do Estado Islâmico. Ele foi morto por um bombardeio na terça-feira, no Iraque.

    Também conhecido como Haji Mutazz, e principalmente pelo nome de guerra Abu Muslim al-Turkmani, esse militante radical era o braço direito do auto-declarado califa Abu Bakr al-Baghdadi.

    Sua morte já havia sido anunciada em dezembro de 2014. Se confirmada desta vez, essa baixa pode impactar as capacidades operativas do EI (Estado Islâmico).

    Turkmani era responsável pelas atividades do Estado Islâmico no Iraque, com participação estratégica na tomada da cidade de Mossul, em junho de 2014, uma das conquistas mais emblemáticas dessa milícia radical.

    Anteriormente um coronel durante o regime do ex-ditador Saddam Hussein e um membro da Al Qaeda no Iraque, ele também coordenava o transporte de armas, explosivos, veículos e pessoas entre a Síria e o Iraque.

    O anúncio americano de que Turkmani foi morto em um ataque aéreo, dentro de um carro, foi interpretado por analistas como um indício de que o governo tem algum grau de Inteligência militar no território iraquiano, para que possa realizar o ataque com essa precisão.

    SEM FREIO

    O Estado Islâmico declarou há um ano seu califado em um território que inclui partes da Síria e do Iraque. Desde então, tem lutado pela sua sobrevivência ali, atacado pelos governos dessa região e por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.

    Diversos dos membros da alta cúpula do EI já foram dados como mortos, e o próprio auto-declarado califa Baghdadi pode estar ferido.

    São notícias celebradas pelos inimigos dessa organização terrorista —mas, por enquanto, não dão conta de um freio ao seus avanços.

    A morte de militantes é, de acordo com as estimativas de analistas, compensada pela chegada de novos guerreiros. O Estado Islâmico atrai milhares de recrutas, com sua sofisticada propaganda nas mídias sociais.

    A organização também é responsável por diversos ataques terroristas em outros países, como o tiroteio em no balneário de Sousse, na costa da Tunísia.

    Não está claro, ademais, como de fato se organiza o Estado Islâmico. Parte da informação hoje reproduzida pela imprensa vem de documentos investigados por jornais como o "Telegraph" e o "Der Spiegel". Mesmo fontes de Inteligência discordam, por exemplo, sobre a real posição de Turkmani no EI.

    Outros membros estratégicos para essa organização são Abu Muhammad al-Adnani, porta-voz do califado, e Turki al-Binali, hoje uma de suas autoridades religiosas.

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