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    Polícia argentina usa bala de borracha contra manifestantes em Tucumán

    MARIANA CARNEIRO
    DE BUENOS AIRES

    25/08/2015 00h31

    Denúncias de suposta fraude eleitoral e casos de violência motivaram protestos na província de Tucumán e contaminaram a eleição presidencial na Argentina.

    A província teve eleição para governador neste domingo (23). Segundo autoridades locais, 42 urnas foram incendiadas. Há relatos de ataque a tiros a comitês de campanha de políticos da oposição, além de denúncias de fraude.

    Julio Pantoja-24.ago.2015/Clarin
    Tucumán. Agosto 24/2015. El polo opositor al gobierno protesta en Plaza Independencia. Foto: Julio Pantoja/Clarin ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Manifestantes de oposição ao governo de Tucumán enfrentam policiais

    Na noite desta segunda (24), uma multidão saiu para protestar em frente à sede do governo de Tucumán, em San Miguel de Tucumán, capital da província. Por volta de 23h (horário local), a polícia reprimiu os manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogêneo.

    No bairro de Palermo, na capital Buenos Aires, pessoas fizeram cacerolaços nas janelas de suas casas, em protesto.

    A província concentra 3,5% dos eleitores do país, mas o assunto mobilizou os presidenciáveis na Argentina.

    Daniel Scioli, candidato da presidente Cristina Kirchner, esteve em Tucumán na noite deste domingo (23) para comemorar a vitória ao lado do kirchnerista Juan Luiz Manzur. A província é administrada pelo governista José Alperovich desde 2003.

    A apuração indica que Manzur venceu a eleição, mas a oposição nacional não reconhece o resultado.

    Segundo Scioli, as urnas queimadas foram apenas 42 em um total de 3.400 na província. "Ninguém avaliza nenhum ato de violência, mas é preciso acatar a vontade do povo", afirmou o governista.

    "Foi uma jornada eleitoral marcada por muitíssimas irregularidades", afirmou o opositor Mauricio Macri, da coligação Cambiemos, nas redes sociais.

    Sergio Massa, da coligação Unidos por uma Nova Argentina, defendeu a recontagem dos votos.

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