Denúncias de suposta fraude eleitoral e casos de violência motivaram protestos na província de Tucumán e contaminaram a eleição presidencial na Argentina.
A província teve eleição para governador neste domingo (23). Segundo autoridades locais, 42 urnas foram incendiadas. Há relatos de ataque a tiros a comitês de campanha de políticos da oposição, além de denúncias de fraude.
Julio Pantoja-24.ago.2015/Clarin | ||
Manifestantes de oposição ao governo de Tucumán enfrentam policiais |
Na noite desta segunda (24), uma multidão saiu para protestar em frente à sede do governo de Tucumán, em San Miguel de Tucumán, capital da província. Por volta de 23h (horário local), a polícia reprimiu os manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogêneo.
No bairro de Palermo, na capital Buenos Aires, pessoas fizeram cacerolaços nas janelas de suas casas, em protesto.
A província concentra 3,5% dos eleitores do país, mas o assunto mobilizou os presidenciáveis na Argentina.
Daniel Scioli, candidato da presidente Cristina Kirchner, esteve em Tucumán na noite deste domingo (23) para comemorar a vitória ao lado do kirchnerista Juan Luiz Manzur. A província é administrada pelo governista José Alperovich desde 2003.
A apuração indica que Manzur venceu a eleição, mas a oposição nacional não reconhece o resultado.
Segundo Scioli, as urnas queimadas foram apenas 42 em um total de 3.400 na província. "Ninguém avaliza nenhum ato de violência, mas é preciso acatar a vontade do povo", afirmou o governista.
"Foi uma jornada eleitoral marcada por muitíssimas irregularidades", afirmou o opositor Mauricio Macri, da coligação Cambiemos, nas redes sociais.
Sergio Massa, da coligação Unidos por uma Nova Argentina, defendeu a recontagem dos votos.