Duas embarcações lotadas –que estariam levando, juntos, até 500 migrantes– naufragaram na costa da Líbia nesta quinta-feira (27). Autoridades calculam que mais de 200 pessoas possam ter morrido.

O primeiro, um barco que teria cerca de 50 pessoas a bordo, pediu ajuda ainda na manhã de quinta. O segundo barco virou horas depois, com cerca de 400 passageiros.

	Hani Amara/Reuters
	Corpos resgatados do mar pela guarda costeira líbia; ao menos 200 pessoas teriam morrido em naufrágio

Uma autoridade de segurança em Zuwara, de onde os barcos saíram, afirmou que algumas pessoas pareciam estar presas no porão do segundo barco quando ele naufragou.

Segundo a Reuters, cerca de 200 tinham sido resgatados até a noite de quinta, dos quais 147 foram levados a uma instalação para migrantes ilegais em Sabratha, a oeste de Tripoli.

A organização Médicos sem Fronteiras, que ajuda a coordenar a resposta humanitária à crise, disse que cerca de 40 corpos foram encontrados num dos barcos. Outros 160 corpos que flutuavam próximo à embarcação naufragada teriam sido resgatados.

Os migrantes a bordo eram da África subsariana, Paquistão, Síria, Marrocos e Bangladesh, disse a fonte de segurança.

A Guarda Costeira italiana, que vem coordenando as operações de resgate por parte da União Europeia ao longo da costa da Líbia, não pôde confirmar imediatamente o naufrágio.

Zuwara, perto da fronteira com a Tunísia, é um grande ponto de partida usado por traficantes que enviam migrantes para a Europa.

A Acnur (agência das Nações Unidas para refugiados) estimou nesta sexta-feira (28) que mais de 300 mil imigrantes tenham cruzado o Mediterrâneo para chegar à Europa desde o início de 2015.

Nesta quinta, a polícia da Áustria encontrou 71 corpos de imigrantes dentro de um caminhão abandonado no acostamento de uma estrada a 40 quilômetros de Viena.