• Mundo

    Monday, 29-Apr-2024 09:09:17 -03

    Manifestantes defendem ações de Maduro na fronteira com a Colômbia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/08/2015 18h28

    Centenas de pessoas se reuniram em Caracas nesta sexta (28) em uma manifestação de apoio às últimas ações do governo da Venezuela na fronteira com a Colômbia, que provocaram a deportação de milhares de imigrantes colombianos.

    Segundo os manifestantes, convocados pelo partido governista Psuv, o fechamento das fronteiras é necessário para a segurança e integridade da Venezuela.

    Gregorio Terán/Xinhua
    Manifestação em Caracas em apoio às medidas do governo Maduro na fronteira com a Venezuela
    Manifestação em Caracas em apoio às medidas do governo Maduro na fronteira com a Venezuela

    Em discurso à multidão, o presidente Nicolás Maduro disse que tem tido "bastante paciência" com a Colômbia. "Há um ano disse a Juan Manuel Santos [presidente colombiano]: vamos fazer um plano para combater o contrabando, os paramilitares, os aproveitadores. Um ano depois, o lado colombiano não fez nada."

    No dia 20 de agosto, o presidente Nicolás Maduro fechou dois dos principais postos de fronteira com a Colômbia e declarou estado de emergência em seis cidades. Mais de 1.100 imigrantes colombianos foram deportados e outros 5.000 saíram por conta própria, muitos alegando estar sob pressão.

    O estado de emergência permite que policiais venezuelanos façam operações de buscas em casas sem mandato judicial e dispersem aglomerações públicas. Alguns colombianos que foram deportados denunciaram truculência de soldados da Venezuela.

    "Pedimos às autoridades venezuelanas que garantam o respeito aos direitos humanos de todos os indivíduos afetados, particularmente os deportados pela crise", disse nesta sexta o porta-voz do Alto Comissariado para Direitos Humanos da ONU.

    Um encontro entre representantes colombianos e venezuelanos na quarta (26) não chegou a um acordo para a reabertura da fronteira.

    Na quinta (27), o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, convocou o embaixador do país na Venezuela para consultas —gesto que, na linguagem diplomática, demonstra alto grau de insatisfação com o país anfitrião. Em resposta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamou de volta seu embaixador em Bogotá, horas depois.

    OEA

    A OEA (Organização dos Estados Americanos) marcou para segunda (31) uma sessão plenária para definir se convoca uma reunião de chanceleres sobre o fechamento da fronteira entre Colômbia e Venezuela.

    A votação atende a pedido da Colômbia, que recorreu ao órgão e à Unasul (União das Nações Sul-Americana) a fim de tentar mediar a crise. Nesta sexta, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, pediu diálogo às partes.

    A negociação, porém, pode emperrar no fato de que Maduro não reconhece a autoridade do órgão pan-americano. Nesta sexta, ele disse que a OEA "não tem nenhuma utilidade" e "deve tirar seu nariz desse assunto".

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024