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    Papa Francisco abençoará migrantes sem documentos em Nova York

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    05/09/2015 11h10

    Tony Gentile/Reuters
    Papa Francisco sorri com um bebê durante uma audiência no Vaticano neste sábado (5)
    Papa Francisco sorri com um bebê durante uma audiência no Vaticano neste sábado (5)

    O papa Francisco oferecerá uma bênção especial para um grupo de imigrantes e refugiados em Nova York, incluindo alguns sem documentos, durante sua viagem aos Estados Unidos marcada para este mês.

    O encontro, agendado para 25 de setembro, terá a presença de cerca de 150 pessoas, a maioria de origem hispânica.

    Francisco tornou a ajuda aos migrantes e refugiados uma das prioridades de seu pontificado ao denunciar o que ele chama de "globalização da indiferença" sobre as pessoas nessas condições.

    O pontífice participará também de um encontro no Congresso dos EUA no dia 24, no qual deve pedir aos congressistas por melhores políticas para receber os migrantes.

    Entre as pessoas que serão abençoadas pelo papa em uma igreja no Harlem, estão jovens que fugiram da violência na América Central e cruzaram a fronteira dos Estados Unidos sozinhas e refugiados que temem perseguições e procuram asilo.

    Yvette Suazo, sua filha Chelsea, 14, e o filho Kingston, 4, migraram de Honduras há dois anos e hoje moram em Manhattan. A vida em Honduras era precária, com sua filha sofrendo risco de ser estuprada a cada vez que saia de casa, contou a mãe, após uma coletiva de imprensa.

    Suazo não possui documentos e, com isso, não pode procurar emprego e depende de sua irmã para viver. "Mas espero que a oportunidade de permanecer aqui legalmente se abra para nós", disse ela.

    "Eu parti por causa do crime e porque havia muitas pessoas nas drogas", contou Cristhian Contreras, 16, que tinha 14 quando ele e alguns amigos passaram pela fronteira com os Estados Unidos a pé.

    Hoje, Christian, que também se encontrará com o papa, vive no Bronx, frequenta o Ensino Médio e faz parte de um time de futebol com colegas que imigraram. Sua mãe trabalha como empregada doméstica, mas teme a deportação. Ele nunca conheceu seu pai.

    "Sou um dos poucos convidados para estar com o papa. E se eu tiver a chance, vou pedir a ele para rezar por nós e por outros países", disse o garoto.

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