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    Baltimore pagará US$ 6,4 mi a família de jovem negro morto pela polícia

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    08/09/2015 14h35

    A prefeitura de Baltimore, nos Estados Unidos, chegou a acordo em que pagará US$ 6,4 milhões (R$ 24,32 milhões) à família de Freddie Gray, jovem negro que morreu após ser gravemente ferido pela polícia em abril.

    A morte do jovem provocou uma série de manifestações e atos de vandalismo contra a violência policial contra negros no país. Os seis policiais acusados pelo crime estão presos e foram acusados formalmente de homicídio.

    Shannon Stapleton - 27.abr.2015/Reuters
    Familiares e amigos comparecem ao velório de Freddie Gray, em abril; família receberá US$ 6,4 milhões
    Familiares e amigos comparecem ao velório de Freddie Gray, em abril; família receberá US$ 6,4 milhões

    Segundo a prefeita de Baltimore, Stephanie Rawlings-Blake, o acordo foi selado na última quarta (6). Em nota, ela diz que o pacto não constitui uma admissão de culpa por parte da cidade ou da polícia.

    O dinheiro será entregue à família de Gray em duas parcelas —uma de US$ 2,8 milhões (R$ 10,64 milhões) até junho de 2016 e o resto, US$ 3,6 milhões (R$ 13,68 milhões), no próximo ano fiscal, iniciado em julho do ano que vem.

    O jovem negro foi preso em 12 de abril em um bairro da periferia de Baltimore. Segundo a polícia, ele teria corrido do carro policial quando eles o avistaram. Com ele teria sido apreendido um canivete, na versão policial.

    A abordagem policial foi violenta e, nela, ele sofreu uma fratura na coluna cervical, mas não resistiu e morreu sete dias depois. Segundo a Promotoria, o uso excessivo da violência e o transporte indevido do jovem ferido levaram à morte.

    A notícia do acordo é divulgada perto do início do julgamento dos seis policiais responsáveis pela abordagem, cujos processos vão tramitar em separado devido às acusações diferentes que cada um recebeu.

    Na quinta (10), a Justiça avalia recurso da defesa para que o processo seja conduzido fora da cidade. A preocupação dos advogados é que a comoção popular e os protestos possam influenciar na decisão dos juízes.

    Na semana passada, a defesa dos policiais ainda tentou retirar a procuradora Marilyn Mosby do caso, acusando-a de conflito de interesses e desvio de conduta. O juiz, no entanto, rejeitou os argumentos.

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