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    Hillary pede desculpas por uso de servidor privado de e-mails

    MARCELO NINIO
    DE WASHINGTON

    08/09/2015 21h44

    A pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton pediu desculpas pela primeira vez e admitiu ter errado ao usar um servidor privado para enviar e-mails de trabalho na época em que chefiava a diplomacia dos EUA.

    A controvérsia arranhou a credibilidade da ex-secretária de Estado e fez sua popularidade cair nas pesquisas de opinião entre democratas.

    "Aquilo foi um erro. Lamento. Eu me responsabilizo", disse Hillary à rede de TV ABC News, em entrevista programada para ser transmitida na noite desta quinta (8).

    Hillary continua liderando com folga a corrida pela candidatura democrata, mas a dianteira que tinha em relação ao segundo colocado, Bernie Sanders, encolheu.

    Diante da queda, assessores insistiam para que Hillary admitisse o erro de forma mais enfática, mas ela continuava atribuindo a polêmica a uma "fixação da imprensa".

    Na segunda (8), Hillary voltara a afirmar, em entrevista à agência Associated Press, que não via motivos para se desculpar e que não fizera nada de ilegal, já que os e-mails enviados com seu servidor privado não continham dados sigilosos. Um dia depois, porém, ela decidiu pedir desculpas explicitamente.

    NOVA ESTRATÉGIA

    Assessores de Hillary esperam que a decisão detenha a perda de credibilidade da pré-candidata. Os principais jornais do país falam nesta terça (8) de uma mudança na estratégia de campanha da ex-secretária de Estado, com o objetivo de consolidá-la como melhor opção democrata para suceder Barack Obama.

    Segundo o "Washington Post", entre os elementos dessa "nova Hillary" estão um comportamento mais humilde em relação à polêmica dos e-mails e atitude agressiva em relação ao líder dos pré-candidatos republicanos, o bilionário Donald Trump.

    De fato, as sondagens mostram que há o que consertar. Segundo a mais recente, da Universidade Monmouth, a porcentagem de democratas inclinados a votar em Hillary caiu de 60%, em abril, para 42%. Ela ainda está 20 pontos à frente de Sanders, mas em julho a diferença era de 34.

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