A secretária de Relações Exteriores do México disse que os turistas sobreviventes de um ataque militar egípcio relataram "ter sofrido um ataque aéreo com bombas lançadas por um avião e helicópteros".

O grupo foi confundido com um grupo terrorista durante uma travessia do deserto no domingo (13). Ao menos dois dos 12 mortos e seis dos dez feridos são mexicanos.

Claudia Ruiz Massieu também afirmou que autoridades egípcias prometeram formar uma comissão de investigação, liderada pelo primeiro-ministro do país.

O grupo, que viajava em quatro veículos off-road, havia parado para fazer um churrasco nas proximidades do deserto de Bahariya. Segundo fontes do governo, eles foram alvejados primeiro por aeronaves.

Assim que o comboio tentou fugir, forças em terra começaram a persegui-los.

	Mohamed El-Shahed/AFP
	Ministro do Turismo egípcio, Khaled Ramy após visita a turistas atacados por engano

A facção insurgente, afiliada à milícia radical Estado Islâmico, já matou centenas de soldados e policiais no Egito.

Segundo as autoridades do país, os veículos entraram em uma área restrita do deserto sem permissão e sem informar as autoridades.

CONDOLÊNCIAS

Ibrahim Mehleb, o primeiro-ministro em exercício do Egito, também visitou os feridos, num hospital do Cairo.

"Estamos ao lado do povo mexicano na tragédia. As circunstâncias envolvendo o incidente são parte da luta do Egito contra o terrorismo. O lado mexicano está recebendo o melhor atendimento possível", disse.

"Este é um incidente doloroso e eu expresso as minhas mais profundas condolências ao povo egípcio e aos nossos colegas mexicanos."

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, disse no Twitter que seu governo "condena estes atos contra nossos cidadãos" e que pede uma investigação profunda do caso.