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    Putin defende ajuda militar da Rússia à Síria

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/09/2015 16h43

    Em evento no Tadjiquistão nesta terça (15), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu sua estratégia de apoio ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad.

    "Apoiamos o governo sírio em sua luta contra a agressão terrorista. Havíamos proposto e continuaremos oferecendo uma ajuda militar técnica", declarou Putin em Duchambe, durante a cúpula da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, entidade que congrega várias ex-repúblicas soviéticas.

    Putin não se pronunciou, porém, sobre a acusação dos EUA de que os russos estão construindo uma base aérea dentro da Síria –o que iria além dos contratos de entrega de armamento assinados com Damasco, que tem em Moscou um de seus principais aliados.

    O presidente russo afirmou ainda que a maioria dos migrantes sírios que tentam chegar à Europa foge de grupos radicais como o EI (Estado Islâmico), e não dos bombardeios do Exército sírio.

    Para Putin, se a Rússia deixar de dar seu apoio a Assad, a situação na Síria ficará "pior que a da Líbia" –país às voltas com conflitos entre milícias desde a queda do ditador Muammar Gaddafi, em 2011– e o fluxo de refugiados para a Europa será ainda maior.

    REAÇÃO DOS EUA

    Logo após o presidente russo defender sua ajuda aos sírios, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ligou para o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, informou um porta-voz do Departamento de Estado.

    É o terceiro telefonema de Kerry a Lavrov em dez dias. Sob anonimato, uma fonte no governo americano confirmou à agência de notícias Associated Press que o assunto da conversa foi a Síria.

    Para Washington, a intensificação da presença russa e de seu apoio a Assad prolongará a guerra civil síria, que já dura mais de quatro anos.

    O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o presidente Barack Obama pode conversar com Putin nos próximos dias e não descarta uma reunião entre os dois durante a Assembleia-Geral da ONU, no final deste mês.

    "Já deixamos claro que aumentar o apoio, militar ou de outro modo, ao regime de Assad é desestabilizador e contraproducente, principalmente porque ele perdeu a legitimidade para liderar a Síria", declarou Earnest.

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