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    Presidente de Burkina Fasso reassume posto uma semana após golpe

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    23/09/2015 08h57

    Uma semana após ter sido deposto e mantido refém por militares golpistas, o presidente interino de Burkina Fasso, Michel Kafando, declarou nesta quarta-feira (23) que foi reconduzido ao poder.

    "Estou de volta ao trabalho", declarou Kafando. "Durante esta experiência difícil, nós lutamos juntos e, livres, nós triunfamos juntos."

    Joe Penney/Reuters
    Burkina Faso's interim President Michel Kafando speaks to the media at the foreign affairs ministry in Ouagadougou, Burkina Faso, September 23, 2015. Kafando, who was taken hostage during a coup a week ago, said on Wednesday he was back in power and had restored a civilian transitional government. REUTERS/Joe Penney ORG XMIT: JP03
    O presidente interino de Burkina Faso, Michel Kafando, fala a jornalistas em Uagadugu

    Michel Kafando foi feito refém no palácio presidencial junto a outros líderes do governo na quarta-feira passada por membros da guarda presidencial. O premiê interino, Isac Ziida, anunciou ter sido libertado nesta terça-feira (22) após passar vários dias em prisão domiciliar.

    Os militares golpistas concordaram em transferir o poder após sofrerem pressões do Exército. Um acordo definitivo para a transição deve ser negociado com líderes de países vizinhos que chegaram nesta quarta-feira à capital, Uagadugu.

    OF burkina fasso

    Desde de o anúncio do golpe, ao menos dez pessoas morreram e cem ficaram feridas em confrontos.

    Na segunda-feira, o general Gilbert Diendere, líder dos golpistas, haviapedido desculpas à população.

    Diendere é aliado ex-ditador Blaise Compaoré, que renunciou em outubro de 2014 em meio a um levante popular após passar 27 anos no poder.

    Os golpistas dizem ser injusto o novo código eleitoral, que impede que apoiadores e membros do partido do ex-ditador concorressem nas eleições gerais agendadas para 11 de outubro. Devido à turbulência política, o pleito deve ser adiado.

    Os acontecimentos recentes marcam o sexto golpe de Estado em Burkina Fasso desde que o país se tornou independente da França, em 1960. O país é um importante aliado da França e dos Estados Unidos no combate a militantes islamitas no Oeste da África.

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