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    Traficantes de material nuclear buscam fechar negócio com EI

    DESMOND BUTLER
    VADIM GHIRDA
    DA ASSOCIATED PRESS, EM CHISINAU (MOLDÁVIA)

    07/10/2015 13h01

    Sob a batida pulsante de uma casa noturna de luxo, o traficante de armas fez sua oferta para um cliente: 2,5 milhões de euros para ter césio radioativo suficiente para contaminar vários quarteirões da cidade.

    Foi no início deste ano, e os dois homens acertavam seu negócio em um local improvável: no terraço da Cocos Prive, um lugar para dançar e comer sushi em Chisinau, capital da Moldávia.

    "Você pode fazer uma bomba suja, o que seria perfeito para o Estado Islâmico", disse o traficante. "Se você tiver uma conexão com eles, o negócio não vai ter nenhum problema."

    Mas o traficante, Valentin Grossu, não tinha certeza de que o cliente era real —e ele tinha razão em se preocupar. O cliente era um informante e levou cerca de 20 encontros para convencer Grossu de que era um representante autêntico do Estado Islâmico. Por fim, os dois homens trocaram dinheiro para que o cliente comprasse uma amostra, em uma operação policial que levou Grossu à cadeia.

    O caso, que nunca havia sido difundido antes, é uma entre pelo menos quatro tentativas ao longo de cinco anos, em que redes criminosas suspeitas de terem laços russos tentaram vender material radioativo para extremistas através da Moldávia, de acordo com uma investigação da Associated Press (AP). Uma das apurações da agência revelou uma tentativa de vender urânio enriquecido ao grau de bomba para um comprador real do Oriente Médio, o primeiro caso conhecido desse tipo.

    Nessa operação, de acordo com o que mostram escutas telefônicas e entrevistas com investigadores, um intermediário da quadrilha fez várias vezes um discurso de ódio dos Estados Unidos enquanto tentava traficar material essencial para uma bomba atômica e modelos para uma bomba suja a um comprador do Oriente Médio.

    Em escutas telefônicas, prisões filmadas, fotografias de material em grau de bomba, documentos e entrevistas, a agência descobriu que os traficantes têm explicitamente como alvo compradores que são inimigos do Ocidente. As descobertas representam a concretização de um cenário temido por longo tempo, em que grupos do crime organizado estão tentando se vincular a milícias como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda —ambos já deixaram clara sua ambição de usar armas de destruição em massa.

    As operações de ação em flagrante envolveram uma parceria entre o FBI e um pequeno grupo de investigadores da Moldávia, que por mais de cinco anos passaram da quase total ignorância sobre o mercado negro à coordenação de quatro operações de desmantelamento. Informantes e policiais se passam por criminosos com conexões e entram nas redes do tráfico usando táticas antigas de acobertamento e equipamentos de alta tecnologia, de detectores de radiação a vestuário com dispositivos de gravação embutidos.

    Mas seus êxitos foram interrompidos por ausências evidentes: os manda-chuvas fugiram, os criminosos presos conseguiram escapar de extensas penas na prisão e por vezes retornaram rapidamente ao tráfico nuclear, descobriu a AP.

    Por razões estratégicas, a maior parte das operações de prisão foi feita após a obtenção de amostras de material nuclear, e não após a compra de maiores quantidades. Isso significa que, se os traficantes tinham acesso ao volume de material que ofereceram, ele permanece em mãos criminosas.

    PERIFERIA SOVIÉTICA

    As várias tentativas de venda de materiais radioativos sinalizam que um mercado negro nuclear próspero surgiu em um recanto empobrecido da Europa Oriental, à margem da antiga União Soviética. A Moldávia, que faz fronteira com a Romênia, é uma ex-república soviética.

    A polícia moldava e autoridades judiciais compartilharam arquivos de casos de investigação com a AP, em um esforço de difusão sobre quão perigoso o mercado negro se tornou. Eles dizem que o colapso da cooperação entre a Rússia e o Ocidente significa que é muito mais difícil saber se os traficantes estão encontrando modos de transportar partes do vasto estoque de materiais radioativos da Rússia.

    "Podemos esperar mais desses casos", disse Constantin Malic, um dos investigadores moldavos. "Enquanto os traficantes pensarem que podem ganhar muito dinheiro sem serem pegos, vão continuar fazendo isso."

    O FBI e a Casa Branca se recusaram a fazer comentários. O Departamento de Estado dos EUA não quis comentar sobre os detalhes dos casos.

    "A Moldávia tem tomado muitas medidas importantes para reforçar sua capacidade de combater o tráfico nuclear", disse Eric Lund, porta-voz do gabinete do Departamento de Estado encarregado da não-proliferação. "As prisões feitas por autoridades moldavas em 2011 por tentativa de tráfico de materiais nucleares é um bom exemplo de como a Moldávia está fazendo a sua parte."

    Conversas grampeadas expuseram planos que tinham como alvo os Estados Unidos, segundo as autoridades moldavas. Em um caso, um intermediário disse que era essencial que o urânio em grau de bomba traficado fosse para os árabes, disse Malic, investigador que participou de todas as quatro operações de desmantelamento.

    "Ele disse: ´Eu realmente quero um comprador islâmico, porque eles vão bombardear os americanos.`"

    'VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DE URÂNIO?'

    Malic era um policial de 27 anos quando cruzou com o mercado nuclear pela primeira vez, em 2009. Ele estava trabalhando em uma unidade de fraude em Chisinau e tinha um informante que ajudava a polícia a desmantelar um esquema de falsificação de euros que se estendia do Mar Negro a Nápoles, na Itália.

    O informante, um homem de negócios já idoso, disse a Malic, por acaso, que, ao longo dos anos, alguns de seus contatos periodicamente haviam lhe oferecido material radioativo.

    "Você já ouviu falar de urânio?", perguntou ao policial.

    Malic era tão inexperiente no ramo nuclear que não sabia o que era urânio e teve que procurar no Google. Ficou horrorizado —"não apenas por causa de um país", disse ele, "mas pela humanidade".

    Logo depois, o informante recebeu uma oferta de urânio. Mais ou menos naquela época, o governo dos EUA estava começando um programa de treinamento da polícia moldava na luta contra o mercado negro nuclear, parte de um esforço global de vários milhões de dólares.

    No primeiro caso de Malic, três pessoas foram presas em 20 de agosto de 2010, depois que uma amostra do material, um cilindro de urânio serrado e desgastado, foi trocado por dinheiro. Esse tipo de urânio dificilmente se transformaria em uma bomba.

    As autoridades suspeitaram, mas não conseguiram provar, que o urânio havia vindo do reator de Chernobyl na Ucrânia, disse Malic.

    Malic transportou o material radioativo apreendido em uma caixa de fósforos no banco de passageiros do seu carro. Não pensou que o urânio deveria ter sido guardado em um recipiente blindado para protegê-lo de uma possível radiação.

    Quando os agentes do FBI chegaram para buscar o material, ficaram surpresos quando Malic simplesmente entregou a caixa de fósforos, com a mão sem nenhuma proteção: "Leve", disse Malic.

    "Você está louco!", exclamaram os oficiais norte-americanos.

    A amostra felizmente, não era altamente tóxica.

    PLUTÔNIO GRÁTIS

    Vários meses depois, um ex-informante da KGB, Teodor Chetrus, telefonou para a fonte de Malic, o empresário da Moldávia. Chetrus lhe disse que tinha urânio para vender, mas estava à procura de um comprador do Oriente Médio.

    Ao contrário do primeiro caso de Malic, desta vez estava em jogo urânio altamente enriquecido, do tipo que pode ser usado para fazer uma bomba nuclear.

    Mais inteligente e mais cauteloso do que os integrantes da quadrilha anterior, Chetrus foi uma espécie de paradoxo para os investigadores. Ele era educado e bem vestido, apesar de ainda morar em sua dilapidada fazenda dos tempos de infância, em um vilarejo na fronteira da Moldávia com a Ucrânia.

    Em muitos dos casos de tráfico, os líderes se protegiam por meio de uma complexa rede de intermediários que negociavam com os compradores, a fim de evitar a prisão dos chefes. Nesse caso, Chetrus era o intermediário.

    Mas ele tinha sua própria agenda. Chetrus tinha um ódio arraigado do Ocidente, herdado da era soviética, segundo Malic, e falava várias vezes sobre como os norte-americanos deveriam ser aniquilados por causa dos problemas que ele achava que haviam criado no Oriente Médio.

    "Ele disse várias vezes que essa substância deveria encontrar um verdadeiro comprador dos Estados islâmicos com o fim de fabricar uma bomba suja", afirmou Malic.

    Chetrus e o informante elaboraram um acordo para vender o urânio enriquecido para produzir uma bomba a um "comprador no Oriente Médio" ao longo de meses de telefonemas grampeados e reuniões na casa de Chetrus.

    O informante chegava com um dispositivo de gravação escondido em uma peça de roupa diferente a cada vez que se encontravam. Do outro lado da estrada estava Malic —disfarçado como um imigrante vendedor de frutas e cereais, com uma caminhonete—, que vigiava a casa para o caso de haver sinais de problemas.

    Em um telefonema mais cedo, o informante havia pressionado Chetrus para descobrir se ele tinha acesso a plutônio, bem como ao urânio, dizendo que seu comprador tinha manifestado interesse pelo material, de acordo com as escutas. Mas Chetrus ficou desconfiado e insistiu que antes de fornecer grandes quantidades de qualquer substância, o comprador tinha de provar ser de verdade, e não um agente disfarçado.

    O chefe de Chetrus decidiu vender o urânio em cotas, começando com uma amostra. Se os compradores eram falsos, raciocinava, a polícia iria atacar antes que um volume grande de urânio mudasse de mãos —um risco aceitável.

    "Preciso te dizer uma coisa", Chetrus disse ao informante em uma ligação grampeada. "Os serviços de inteligência nunca soltam dinheiro."

    No final, eles chegaram aos termos de um acordo: Chetrus venderia uma amostra de 10 gramas de urânio por 320 mil euros. O comprador poderia testá-lo e se gostasse do resultado poderiam enviar-lhe um quilo por semana, com a mesma taxa —a surpreendente quantia de 32 milhões de euros por envio, até que o comprador tivesse a quantidade desejada. Foram negociados dez quilos de urânio— cerca de um quinto do que foi usado em Hiroshima.

    Os dois depois se encontraram no quintal sujo da casa de Chetrus para falar sobre o plutônio. O informante tinha uma câmera de vídeo escondida no seu boné de beisebol. Chetrus pode ser visto com uma camisa verde militar em gola V, conversando com entusiasmo enquanto um galo canta atrás dele.

    "Para o plutônio", disse Chetrus, "se eles provarem ser pessoas sérias, podemos fornecer a amostra gratuitamente. Pode-se usar uma pequena quantidade para fazer uma bomba suja".

    Ele abriu as mãos. Depois as agitou como se tudo à sua frente tivesse que ser jogado no lixo.

    Para Malic, o vídeo é assustador. "Tinha medo de imaginar o que aconteceria se algo desse tipo acontecesse algum dia."

    UM CLIENTE REAL NO SUDÃO

    O homem por trás do negócio de urânio enriquecido era Alexandr Agheenco, conhecido como "o coronel" entre seus súditos. Ele tinha tanto cidadania russa como ucraniana, segundo a polícia, mas morava na Transnístria, república dissidente da Moldávia.

    Enclave separatista que é um notório paraíso para traficantes de todos os tipos, a Transnístria estava fora do alcance da polícia da Moldávia.

    Em uma selfie incluída nos arquivos policiais, o coronel mostra-se como alguém careca, de bigode e que sorri para a câmera.

    Em junho de 2011, ele organizou o esquema de troca de urânio. Enviou um policial da Transnístria para traficar urânio à Moldávia, de acordo com documentos judiciais. Ao mesmo tempo, enviou sua esposa, Galina, a um "passeio de compras" além da fronteira e rumo à capital.

    O trabalho era realizar uma entrega de urânio para Chetrus.

    Galina Agheenco chegou no centro de Chisinau em um Lexus GS-330 e o estacionou perto de um circo. Ela se encontrou com o policial, que lhe entregou um pacote verde com o urânio dentro.

    Enquanto isso, o informante e Chetrus, ostentando um terno escuro e gravata listrada, pararam no Victoriabank, na rua principal da cidade, em um BMW X5 cinza, dirigido por um motorista. Dentro do banco, Chetrus verificou 320 mil euros em um cofre, segundo documentos judiciais. Ele contou as notas e usou uma luz especial para verificar se as notas estavam marcadas.

    Satisfeito, saiu para buscar o pacote de urânio no Lexus, onde a mulher do coronel o havia deixado. Quando ele entregou o material ao informante, a polícia entrou em ação.

    O momento da prisão, gravado em vídeo, mostra os oficiais usando toucas ninjas, colocando Chetrus de joelhos e o algemando. Galina também foi presa.

    Mas o policial-traficante conseguiu fugir de volta para a Transnístria, onde ele e o coronel não poderiam ser atingidos pela polícia da Moldávia.

    As detenções pegaram Malic de surpresa. Ele e o informante haviam recebido a informação de que a política permitiria que a troca de amostras avançasse, para que pudessem capturar a matriz do fornecimento de urânio e prender os cabeças da quadrilha.

    Malic ficou furioso. Em vez de capturar os líderes da quadrilha que tentava vender material em grau de bomba para terroristas, seus chefes da Moldávia tinham se precipitado.

    "O que eles fizeram foi simplesmente criar um show para a imprensa", disse Malic. "Perdemos uma oportunidade enorme de fazer com que o mundo seja mais seguro."

    Testes com o urânio apreendido confirmaram que se tratava de material em alto grau, que poderia ser usado em uma bomba nuclear. Os testes também vincularam a amostra com duas apreensões anteriores de urânio altamente enriquecido, e que os investigadores acreditavam que também tinham o comando do coronel por trás.

    Uma busca na casa de Chetrus mostrou quão perigosos os traficantes eram. Depois que a polícia realizou as prisões em Chisinau, Malic vasculhou documentos na fazenda do traficante.

    Ele encontrou projetos para a realização de uma bomba suja. Pior ainda, havia provas de que Chetrus estava fazendo um outro acordo para vender materiais nucleares a um comprador real.

    Os investigadores descobriram contratos feitos para um médico sudanês chamado Yosif Faisal Ibrahim, para um ataque com helicópteros e veículos blindados, de acordo com documentos do governo. Chetrus tinha uma cópia do passaporte de Ibrahim, e havia evidências de que Chetrus estava tentando ajudá-lo a obter um visto moldavo. Mensagens do Skype sugeriam que ele estava interessado em urânio e nos projetos de bomba suja.

    O negócio foi interrompido pela operação policial, mas parecia haver avançado bastante. Um advogado do esquema criminoso havia viajado para o Sudão, de acordo com as autoridades. Mas elas dizem não ser possível determinar quem estava por trás de Ibrahim ou por que ele estava em busca de material para uma bomba nuclear. Os esforços da AP para entrar em contato com Ibrahim não deram em nada.

    As consequências para os contrabandistas foram mínimas. Galina Agheenco recebeu uma condenação leve de três anos porque tinha um filho pequeno; e Chetrus foi condenado a cinco anos de prisão. A Interpol emitiu avisos para tentar encontrar o coronel e o policial da Transnístria que fugiu.

    Autoridades da Moldávia dizem haver indícios de uma agência de inteligência estrangeira de que o coronel fugiu com seu filho, através da Ucrânia, para a Rússia, logo depois da prisão da mulher.

    As autoridades não sabem se o coronel também levou uma parte de urânio com ele.

    "Enquanto o chefe do grupo criminoso não for condenado e preso, e até que não saibamos com certeza de onde vieram as substâncias apreendidas na Europa e para onde estavam indo, não poderemos dizer que não existe mais perigo", diz Gheorghe Cavcaliuc, alto oficial da polícia, que supervisionou a investigação.

    CORAÇÃO ACELERADO

    Em meados de 2014, um informante disse a Malic que havia sido contatado por dois grupos distintos: um deles oferecia urânio, o outro, césio. A polícia moldava entrou em contato com o FBI, que apoiou suas operações.

    Malic se ofereceu para trabalhar disfarçado como intermediário de um comprador do Oriente Médio. Ele não tinha muita experiência e lutava com o nervosismo. Recorria a goles de vodca antes de cada encontro. Ele ia sem nenhuma arma —mostrava um rosto tranquilo, enquanto domesticava um coração acelerado.

    O FBI o equipou com uma camisa especial que tinha microfones embutidos no tecido, de modo que mesmo uma revista não poderia revelar que ele estava conectado. Eles também o colocaram em uma Mercedes Classe S branca para ter a aparência de um criminoso de elite.

    Funcionou. Em determinado ponto, o desavisado traficante disse em mensagens de texto obtidas pela AP que sua quadrilha tinha acesso a um velho sistema de mísseis russo, capaz de transportar uma ogiva nuclear. O homem disse que poderia obter dois mísseis submarinos R-29 e fornecer assessoria técnica sobre como usá-los.

    Seguindo o mesmo roteiro de 2011, a equipe encerrou a investigação depois que uma amostra de 200 gramas de urânio não enriquecido foi trocada por US$ 15 mil, em 3 de dezembro de 2014. Seis pessoas foram presas, cinco fugiram.

    PORTA GIRATÓRIA

    O que preocupava Malic era o que parecia ser uma porta giratória de traficantes. Três criminosos envolvidos no novo caso haviam sido levados sob custódia após as investigações anteriores. Dois deles haviam tido penas curtas e voltaram imediatamente à rede de tráfico, ajudando um novo esquema de aquisição de urânio. Um terceiro criminoso não era ninguém menos do que o homem que levou Chetrus a fazer seu negócio de urânio.

    Os investigadores rastrearam o novo urânio para venda em um endereço na Ucrânia. Embora tenham relatado isso às autoridades, nunca tiveram resposta.

    A frustração de Malic aumentou, assim como o perigo para ele e seus colegas.

    No início deste ano, na casa noturna Cocos Prive em Chisinau, os riscos ficaram claros. O intermediário, Grossu, avisou que seu fornecedor de césio era um oficial aposentado da FSB —agência de espionagem russa— famoso pela crueldade.

    Se houvesse algum problema, Grossu disse ao informante, conectado, "eles vão colocar todos na parede e atirar", lembra-se Malic.

    Os chefes de Grossu queriam que o césio chegasse ao Estado Islâmico. "Eles têm dinheiro suficiente e saberão o que fazer com isso", disse ele.

    Os vendedores afirmaram ter um enorme esconderijo de césio 137 —que poderia ser usado para fazer uma bomba suja. Como em casos anteriores, insistiram que os interessados provassem sua seriedade com a primeira compra de uma amostra, um frasco de césio 135, menos radioativo, que não é suficientemente potente para uma bomba suja.

    Eles foram agarrados em 19 de fevereiro. Grossu e outros dois homens foram presos. O suposto oficial da FSB e o césio restante desapareceram.

    ENDEMIA NUCLEAR

    Não fica claro se os casos da Moldávia são indicativos de operações de tráfico nuclear generalizadas.

    "Seria profundamente preocupante que os grupos terroristas sejam capazes de se vincular a redes de crime organizado e receber materiais e conhecimentos necessários para construir uma arma de destruição em massa", disse Andy Weber, ex-secretário assistente de Defesa, que supervisionava atividades de não-proliferação até um ano atrás.

    Em 28 de maio, o FBI laureou Malic e sua equipe em uma cerimônia de premiação por conta das duas investigações recentes. Mas nesse momento, o departamento de polícia da Moldávia já havia dissolvido a equipe em meio a problemas políticos e lutas internas da polícia.

    Supostamente a prisão de cinco anos de Chetrus se estenderia até o próximo ano. Mas a irmã de Chetrus disse recentemente que ele havia sido solto em dezembro, o que foi confirmado pela AP.

    Ele cumpriu apenas três anos por tentar vender uma bomba nuclear aos inimigos dos Estados Unidos.

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