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    Candidato governista argentino fará viagem a Brasília a 12 dias da eleição

    MARIANA CARNEIRO
    DE BUENOS AIRES

    09/10/2015 12h17

    Candidato de Cristina Kirchner nas eleições presidenciais deste ano na Argentina, o político Daniel Scioli embarca nesta terça-feira (13) para Brasília, onde deverá se encontrar com a presidente Dilma Rousseff.

    A visita foi marcada de última hora, nesta semana, e ocorrerá a 12 dias da eleição na Argentina, em 25 de outubro. Até este momento, não havia previsão de que o candidato visitasse o país vizinho antes do pleito.

    Demian Alday - 7.out.2015/Efe
    O presidenciável governista argentino, Daniel Scioli, recebe o ex-presidente uruguaio José Mujica
    O presidenciável governista argentino, Daniel Scioli, recebe o ex-presidente uruguaio José Mujica

    Há cerca de um mês, Scioli recebeu o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva. Em visita a Buenos Aires, o ex-presidente pediu votos ao candidato e inaugurou uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na localidade de José Carlos Paz.

    O argentino é governador da província de Buenos Aires, região onde vive cerca de 40% da população argentina e que circunda a cidade homônima, da qual não faz parte.

    Oficialmente, seus assessores afirmam que o encontro com Dilma é uma reunião de trabalho. Mas não é usual no protocolo da diplomacia que um presidente da República se encontre com um governador de outro país.

    Nos últimos meses, Scioli se mostrou ao lado de outras lideranças latino-americanas. Foi a Cuba se encontrar com Raúl Castro e recebeu Evo Morales e José "Pepe" Mujica durante a campanha.

    Antes de seguir para o Brasil, ele passará por Montevidéu, onde deverá se reunir com o presidente Tabaré Vázquez.

    Apesar do aparente alinhamento com a esquerda latino-americana, Scioli tem origem nos setores da direita do peronismo. Ele surgiu na política pelas mãos do ex-presidente Carlos Menem, que governou a Argentina entre 1989 e 1999.

    Ainda hoje, enfrenta resistência da ala mais radical do seu partido, representada pelos kirchneristas. Na Argentina, a avaliação é que Scioli tenta construir internamente uma imagem de que está preparado para governar o país, encontrando-se com outros chefes de Estado da região.

    No Brasil, ele encontrará Dilma sob forte crise política. Em entrevista ao jornal "Clarín", Scioli disse que "costuma manifestar solidariedade em momentos difíceis".

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