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    Candidato de Cristina se consolida na disputa presidencial, mostra pesquisa

    MARIANA CARNEIRO
    DE BUENOS AIRES

    11/10/2015 21h36

    A duas semanas da eleição presidencial argentina, pesquisa de intenção de voto indica que a decisão sobre quem sucederá Cristina Kirchner na Casa Rosada pode ir para um segundo turno.

    Pesquisa do respeitado instituto Poliarquía divulgada neste domingo (11) pelo "La Nación", mostra que o candidato da situação, Daniel Scioli, tem 37,1% das intenções de voto, seguido de Mauricio Macri (Mudemos), com 26,2%.

    CORRIDA PARA A CASA ROSADA - Cenário aponta vantagem de governista

    Para a eleição argentina terminar no primeiro turno, o mais votado deve ter ao menos 40% dos votos e ficar dez pontos à frente do segundo.

    Se os números deixam aberta a chance de segundo turno, eles também indicam ampla vantagem de Scioli, deixando em aberto se a definição ocorrerá já no dia 25.

    Na projeção estatística do Poliarquía, Scioli pode chegar a 41%, seguindo estimativa de distribuição dos votos dos eleitores indecisos, que somam 5,6% na pesquisa. Macri também subiria na projeção, para 30%. Com tal placar, Scioli encerra a disputa.

    O Poliarquía não explica como faz a projeção, mas uma das variáveis relevantes para prever o comportamento do eleitor é a "fidelidade", e 65% dos eleitores de Scioli dizem estar muito decididos.

    CORRIDA PARA A CASA ROSADA - Votação que obteve nas primárias

    O percentual cai para 55% com Macri e para 45% entre os que optam pelo terceiro colocado, Sergio Massa (Unidos por uma Nova Argentina).

    Além disso, Macri tem dificuldade em consolidar nos 30% de preferência que sua coligação teve nas primárias.

    A única certeza é que a esperada polarização entre o candidato da situação e Macri, que foi prevista no início da campanha e levaria a Argentina a um debate entre continuidade e mudança, não se materializou ainda.

    Enrique Marcarian/Reuters
    Daniel Scioli, candidato favorito na eleição argentina, visita escola rural em Magdalena
    Daniel Scioli, candidato favorito na eleição argentina, visita escola rural em Magdalena

    Em ascensão, Massa, que representa peronistas que discordam do kirchnerismo, aparece com 20,1% das intenções, podendo chegar a 23,5% na projeção com os indecisos.

    Ele estaria atraindo votos de ambos os candidatos, e, segundo o Poliarquía, Macri teria que recuperar de dois a três pontos desses votos perdidos para alongar a disputa.

    Não à toa, na última semana, Macri, que governa a capital, Buenos Aires, afagou o orgulho peronista e inaugurou a primeira estátua de Juan Domingo Perón na cidade.

    BRASÍLIA

    A estratégia de Daniel Scioli para os próximos dias inclui Brasília, onde deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff nesta terça (13).

    A reunião foi marcada na última semana por um de seus assessores e intermediada pelo secretário de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Antes, o governista será recebido em Montevidéu pelo presidente Tabaré Vázquez.

    A campanha de Scioli escancarou o apoio de governos da região próximos a Cristina Kirchner –Evo Morales, Raúl Castro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também apareceram com ele nos últimos meses.

    Assessores afirmam que Scioli quer ter uma relação mais próxima com o Brasil e negociar, com o sócio, o emperrado acordo entre a Mercosul e a União Europeia.

    Ele e Dilma se reúnem às 17h no Planalto. Formalmente, assessores do argentino, que governa a província de Buenos Aires, dizem que se trata de agenda de trabalho, mas é incomum um presidente receber governadores provinciais em reuniões oficiais.

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