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    Taleban sai de Kunduz mas diz que pode retomar a cidade 'quando quiser'

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    13/10/2015 15h34

    A milícia radical Taleban informou que deixou totalmente nesta terça (13) a cidade de Kunduz, no norte do Afeganistão, que havia tomado no dia 28 de setembro.

    A tomada da cidade –que tem cerca de 300 mil habitantes– pela facção foi sua maior conquista militar desde que o grupo foi tirado do poder no Afeganistão, há 14 anos, após intervenção militar dos Estados Unidos.

    Os principais objetivos de retirada, segundo o grupo, são evitar que a população sofra com os ataques aéreos dos EUA, que apoia o Exército afegão, contra o Taleban e proteger seus militantes contra uma "longa batalha".

    "Nossos combatentes podem, em qualquer momento, ter Kunduz de volta sob seu controle", alertou a nota do Taleban.

    Após a invasão de 28 de setembro, tropas afegãs, com apoio aéreo dos EUA, retomaram parte da cidade.

    Jawed Kargar - 1º.out.2015/Efe
    Soldados afegãos observam carro destruído próximo a cidade de Kunduz, no Afeganistão
    Soldados afegãos observam carro destruído próximo a cidade de Kunduz, no Afeganistão

    O porta-voz da polícia em Kunduz, Sayed Sarwar Hussaini, disse à agência Efe que todas as áreas da cidade foram liberadas e que os ataque das forças de segurança agora são realizadas fora da cidade, em aldeias vizinhas.

    "O Taleban não se retirou da cidade por vontade própria. Eles foram expulsos pelas forças de segurança após terem sido perseguidos rua por rua e terem sofrido pesadas baixas", acrescentou Hussaini. Cerca de 500 talibãs foram mortos, mais de 600 feridos e 50 foram presos desde o início dos combates, disse o porta-voz. A vida na cidade é quase normal, Hussaini.

    Uma comissão independente encomendada pelo presidente afegão, Ashraf Gani, começou a trabalhar nesta terça para investigar por que Kunduz caiu nas mãos os insurgentes.

    MSF

    No dia 3 deste mês, um ataque aéreo coordenado pelos EUA para combater o Taleban deixou 22 pessoas mortas em um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras.

    Entre os mortos, havia 12 funcionários do hospital e 10 pacientes, incluindo três crianças.

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