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    Celebração da fundação do peronismo vira dia de campanha na Argentina

    MARIANA CARNEIRO
    DE BUENOS AIRES
    SYLVIA COLOMBO
    DE ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES

    16/10/2015 23h00

    A uma semana da eleição presidencial na Argentina, os peronistas festejam neste sábado (17) os 70 anos do Dia da Lealdade, que marca a fundação do peronismo, em ritmo de campanha.

    Atos em vários pontos do país tentarão dar gás à candidatura de Daniel Scioli, preferido da presidente Cristina Kirchner, que precisa de apenas dois pontos percentuais a mais do que vem obtendo nas pesquisas para vencer o pleito sem segundo turno.

    Reprodução
    Juan Domingo Perón toma posse para seu segundo mandato com sua segunda mulher, Eva, em 1952
    Juan Domingo Perón toma posse para seu segundo mandato com sua segunda mulher, Eva, em 1952

    Scioli tem tido dificuldades para crescer e por isso preferiu ser discreto nessa reta final. Além de se ausentar do debate televisionado, há duas semanas, optou por não participar de um ato neste sábado na Praça de Maio, organizado por movimentos sociais kirchneristas.

    Em vez disso, o candidato governista visitará a região metropolitana de Buenos Aires, onde está 37% do eleitorado argentino. O encerramento da jornada será em La Matanza, conhecida como "capital do peronismo".

    Segundo assessores, Scioli vai concentrar os últimos dias de campanha na província. Embora seja o atual governador, ele não teve ali o desempenho esperado.

    "São 70 anos especiais, porque estamos em plena campanha", disse Cristina Alvarez Rodriguez, sobrinha-neta de Eva Perón e que deve assumir um ministério em um eventual governo de Scioli.

    "Haverá festas em praças e em nossas unidades partidárias. Onde há um peronista, haverá comemoração."

    Scioli dividirá atenções nos arredores de Buenos Aires com o principal candidato de oposição, Mauricio Macri, da coligação Mudemos, que deve participar de um comício em San Martín. Sergio Massa, da UNA (Unidos por Uma Nova Argentina), deverá fazer campanha em Jujuy (norte).

    O 17 de Outubro entrou para a história da Argentina quando, em 1945, uma multidão foi às ruas pedir a liberação do general Juan Domingo Perón (1895-1974), que vinha sendo mantido cativo pelos militares então no poder.

    Após ser libertado, Perón fez um discurso no balcão da Casa Rosada [sede do governo argentino] para centenas de milhares de pessoas.

    O 17 de Outubro virou o segundo feriado mais importante do país (após o de Independência) e foi celebrado mesmo quando Perón estava exilado (1955-73), e seus partidários, banidos da política.

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