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    'É absurdo impedir migração de seres humanos', diz Dilma sobre refugiados

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    18/10/2015 13h24

    Richard Drew/Associated Press
    A presidente Dilma Rousseff durante discurso às Nações Unidas, em setembro de 2014
    A presidente Dilma Rousseff durante discurso às Nações Unidas, em setembro de 2014

    Às vésperas do aniversário de 70 anos das ONU (Organização das Nações Unidas), a presidente Dilma Rousseff defendeu a realização de uma reforma no Conselho de Segurança e avaliou que os mecanismos globais para garantir a segurança e a paz mundial se provaram "ineficazes" e "obsoletos".

    Em artigo escrito ao canal americano CNN e publicado na sexta-feira (16), a presidente destacou ainda que a garantia da segurança global e da manutenção da paz são ameaçadas atualmente por conflitos locais e atentados terroristas e critica a postura de países do Leste Europeu diante da atual crise de refugiados, que têm deixado nações do Oriente Médio para fugir de guerras e perseguições.

    Para ela, é um "absurdo" a tentativa de impedir o deslocamento de imigrantes e citou o exemplo do Brasil como um país que acolhe refugiados mesmo em momentos difíceis.

    "Em um mundo onde as mercadorias, capitais, informações e ideias fluem livremente, é um absurdo tentar impedir a livre migração de seres humanos. Como o meu país tem demonstrado ao longo da história, as diferenças podem coexistir lado a lado", disse.

    A petista ressaltou que a atual configuração do Conselho de Segurança, para o qual Brasil reivindica participação, não reflete o atual equilíbrio de forças globais e não foi capaz de enfrentar os desafios dos quais ele se propõe a confrontar.

    "A reforma do Conselho de Segurança é necessária. Não apenas como uma forma de promover a democracia e a legitimidade, mas porque é indispensável para o cumprimento dos objetivos presentes na Carta das Nações Unidas, de 1945", defendeu.

    Dilma também relembrou no artigo as metas do país anunciadas na Assembleia Geral da ONU para redução da emissão de gases de efeito estufa até 2030 e ressaltou que a comunidade global não pode fugir de suas responsabilidades em relação ao desenvolvimento sustentável.

    "Em resumo, construir o mundo que queremos requer coragem e determinação de todos nós", afirmou.

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