• Mundo

    Thursday, 02-May-2024 15:10:32 -03

    Barrados em fronteira, refugiados enfrentam chuva e frio nos Bálcãs

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/10/2015 11h28

    Milhares de refugiados passaram a noite de domingo (18) para segunda sob frio e chuva na fronteira entre a Croácia e a Eslovênia, evidenciando a dificuldade das autoridades dos Bálcãs de lidar com a crise humanitária.

    Após a Hungria ter fechado sua fronteira com a Croácia, no sábado, as principais rotas que os estrangeiros percorrem até a União Europeia e os países mais ricos da Europa Ocidental se desviou para a Eslovênia.

    O governo croata chegou a enviar um trem com 1.800 refugiados para a fronteira eslovena, mas a maioria dos passageiros não puderam atravessar a divisa. O país só aceitou receber 500 dos "mais vulneráveis" do grupo.

    A Eslovênia acusou a Croácia de desrespeitar um acordo feito anteriormente para que o país, de apenas dois milhões de habitantes, recebesse um máximo de 2.500 refugiados por dia —número equivalente ao dos estrangeiros que poderiam ser encaminhados no mesmo período para a Áustria.

    O número de acolhidos havia sido revisado para 1.500, já que as autoridades alegam que Viena tem se recusado a aceitar mais refugiados do país. A Áustria negou a informação, e o governo esloveno voltou atrás, sem deixar de criticar a Croácia pelo excesso de refugiados despachados. A Áustria é a porta de acesso de muitos para a Alemanha, principal destino dos refugiados que chegam à Europa.

    Outros cerca de 4.000 estrangeiros também ficaram presos na Sérvia, perto da fronteira com a Croácia, depois que a polícia desta instalou portões para controlar o fluxo.

    O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) disse estar abrigando mais de 10 mil refugiados na Sérvia nesta segunda-feira.

    Hungria fecha fronteira para refugiados
    HUNGRIA FECHA FRONTEIRA PARA REFUGIADOSPaís recebeu mais de 200 mil nas últimas semanas

    "É como um enorme rio de pessoas, e se você detém o fluxo haverá alagamentos em algum lugar. É o que está acontecendo agora", afirmou Melita Sunjic, porta-voz do Acnur, da fronteira servo-croata, onde cerca de duas mil pessoas se encontram sem saber como proceder.

    A tendência é que a situação humanitária nos Bálcãs se deteriore devido à queda das temperaturas e o aumento das chuvas com a chegada do outono e a aproximação do inverno.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024