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    Na terra dos Kirchner, luto e mau humor marcam pós-votação

    MARIANA CARNEIRO
    ENVIADA ESPECIAL A RÍO GALLEGOS

    27/10/2015 02h00

    Dia 27 de outubro é feriado na província de Santa Cruz, (sul da Argentina), data em que se recorda a morte de Néstor Kirchner (1950-2010), vítima de um ataque cardíaco fulminante aos 60 anos.

    A expectativa em Río Gallegos, capital de Santa Cruz, é que Cristina voe de Buenos Aires para depositar flores no grandioso mausoléu do marido, construído no cemitério da cidade.

    Mariana Carneiro/Folhapress
    Mausoléu do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, em Río Gallegos
    Mausoléu do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, em Río Gallegos

    Presidente da Argentina de 2003 a 2007 e o político mais famoso da história de Santa Cruz, Néstor é uma referência na política local até hoje. O prestígio do sobrenome levou à vitória, no domingo (25), de Alicia, sua irmã, que disputava o governo da província, e de Máximo, filho mais velho do casal presidencial, eleito deputado.

    "Não me perdoaria se, no dia 27, levasse flores a Néstor e Alicia não tivesse ganhado", discursou Máximo, na madrugada de segunda (26).

    Em Río Gallegos, porém, o candidato da família K perdeu a prefeitura para Roberto Giubetich, da União Cívica Radical. É um sinal de que paira sobre a cidade um mau humor com a gestão da kirchnerista Frente para Vitória.

    O próprio Máximo ficou apenas com o segundo lugar entre os dois deputados enviados por Santa Cruz para a Câmara nacional.

    MAUSOLÉU

    A tumba de Néstor Kirchner é uma obra de cerca de 10 metros de altura e chamas sempre acesas, separada por grades do resto do cemitério.

    Ao fundo do terreno há um monumento com placas representativas das províncias argentinas –inclusive das ilhas Malvinas, cuja administração é do Reino Unido.

    Normalmente não se pode passar pelas grades. Mas na véspera do feriado local, um segurança postado diante de uma entrada exclusiva para o mausoléu de Kirchner autoriza a aproximação da reportagem da Folha.

    É por esse portão que entram Cristina e a família presidencial, quando visitam a tumba do ex-presidente.

    Na grade protetora, bandeiras, faixas, camisetas de agremiações peronistas e de políticos balançam ao vento. Um fã deixou a sua, na qual escreveu: "Obrigado pelo exemplo".

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