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    Republicano Paul Ryan é eleito presidente da Câmara dos EUA

    THAIS BILENKY
    DE NOVA YORK

    29/10/2015 12h59

    O plenário da Câmara dos Deputados americana confirmou a escolha do Partido Republicano e Paul Ryan foi eleito presidente da Casa, nesta quinta-feira (28).

    Ryan assume o comando da Câmara em um momento de tensão no Partido Republicano, rachado diante da pressão da ala mais conservadora e uma disputa embaralhada pelo nomeação do candidato que concorrerá à Casa Branca.

    Michael Reynolds - 20.out.2015/Efe
    MHR25. WASHINGTON (EE.UU.), 20/10/2015.- El representante republicano por Wisconsin Paul Ryan habla en una rueda de prensa hoy, martes 20 de octubre de 2015, en la sede del Capitolio en Washington (EE.UU.). Ryan anunció hoy que está dispuesto a presentarse como candidato a la presidencia de la Cámara Baja de EE.UU. pero solo bajo ciertas condiciones, entre ellas que reciba el apoyo unánime de los conservadores, incluida la facción más derechista. Paul Ryan, que lleva semanas siendo tanteado por varios dirigentes y legisladores de su partido para presentarse tras la renuncia por sorpresa del otrora gran favorito, Kevin McCarthy, se reunió hoy a puerta cerrada con sus colegas de bancada para trasladarles su posición. EFE/MICHAEL REYNOLDS ORG XMIT: MHR25
    O deputado republicano Paul Ryan participa de coletiva de imprensa em Washington

    Após longas salvas de palmas, o deputado pediu diálogo para reunificar a Câmara e torná-la funcional outra vez. "Sejamos francos, a Casa está rachada", declarou. "Não estamos resolvendo problemas, mas criando mais."

    Ele citou o ex-presidente Harry Truman, que assumiu a Casa Branca em 1945 depois da morte de Franklin Roosevelt, que pediu orações em seu novo posto.

    "Se vocês rezam, rezemos uns aos outros: republicanos pelos democratas, democratas pelos republicanos. E não quero dizer conversão, mas, sim, orações por uma compreensão profunda", disse. "Porque estamos todos no mesmo barco."

    Ryan defendeu que diferenças sejam discutidas explicitamente e que os interesses da população norteiem as atividades congressuais. "Os cínicos dirão que não é possível, mas é melhor acreditarem que nós vamos tentar", afirmou.

    Ryan endossou o discurso da oposição republicana segundo o qual a economia em recuperação lenta tem deprimido os americanos. "Os Estados Unidos não mais se sentem fortes, porque os trabalhadores americanos não mais se sentem fortes", disse.

    "Eles estão trabalhando muito, pagando muito, mas nunca ganham aumentos, estão ficando para trás. Sentem-se roubados, traídos. Eles não pedem favores, mas oportunidades justas, mas têm perdido a fé de que conseguirão. Olham para Washington e só veem caos", discursou.

    "Eles não têm cadeiras nesta Casa, mas são eles que fazem o país funcionar. Esta Casa deve trabalhar para eles", defendeu Ryan.

    DISPUTAS

    Ryan, 45, foi vice na chapa do ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, que disputou a eleição presidencial, em 2012, mas foi derrotado pelo presidente democrata Barack Obama.

    Sua nomeação como candidato do Partido Republicano foi precedida por uma disputa interna da legenda que derrubou a candidatura do deputado Kevin McCarthy. A mesma dinâmica fora responsável pela renúncia do agora ex-presidente da Câmara John Boehner.

    O grupo de republicanos radicais acenou favoravelmente a Ryan, depois de ele condicionar sua disposição a assumir o comando da Casa à "unidade em torno de sua liderança".

    O deputado, do Estado do Wisconsin (centro-norte), afirmou mais de uma vez durante o processo que não abriria mão do tempo com a sua família. A mulher, Janna, e os três filhos, Lisa, Charlie e Sam, que moram em Janesville, estavam na plateia durante o discurso.

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