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    Japão e Coreia do Sul debatem trauma de escravas sexuais na 2ª Guerra

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/11/2015 15h18

    Song Kyung-Seok/Reuters
    Japanese Prime Minister Shinzo Abe (L) talks with South Korean President Park Geun-Hye (R) during their meeting at the presidential house in Seoul, South Korea, November 2, 2015. Park and Abe agreed on Monday to try to resolve as soon as possible a row over "comfort women" forced into prostitution in Japanese wartime military brothels, a feud that has been a major obstacle to better ties between two of Washington's key allies. Abe announced the agreement after the first formal talks between the two leaders since both took office, as they seek to move beyond a bitter wartime history that has haunted relations. REUTERS/Song Kyung-Seok/Pool ORG XMIT: SIN701
    Após mais de três anos, Shinzo Abe e Park Geun-gye se reúnem pela primeira vez nesta segunda (2)

    Depois de três anos e meio, líderes da Coreia do Sul e do Japão voltaram a se reunir nesta segunda-feira (2), em Seul.

    O primeiro encontro formal entre a presidente sul-coreana, Park Geun-gye, e o premiê japonês, Shinzo Abe, abordou assuntos históricos polêmicos, que estremecem as relações diplomáticas dos países há anos. Entre eles, a escravização sexual de mulheres durante a ocupação japonesa na Coreia

    "Espero que a conferência de hoje cure as feridas abertas pela história", disse Park no início da conversa.

    Tópicos relacionados às atrocidades cometidas pelos soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) predominaram na discussão. Na agenda, a delicada questão das "mulheres conforto" [comfort women], como eram chamadas as sul-coreanas forçadas a servir de escravas sexuais para os soldados japoneses.

    Jung Yeon-Je/AFP
    South Korean former "comfort woman" Lee Yong-Soo (C), who was forcibly recruited to work in Japanese wartime military brothels, and her supporters demonstrate near the Japanese embassy in Seoul on October 30, 2015. Lee urged Japanese Prime Minister Shinzo Abe to make a sincere apology and offer proper compensation during his upcoming trip to Seoul for a summit with South Korean President Park Geun-Hye. AFP PHOTO / JUNG YEON-JE ORG XMIT: JYJ350
    Grupo de mulheres protesta nas imediações da embaixada do Japão, em Seul (Coreia do Sul)

    "ESTAÇÕES DE CONFORTO"

    A prática de aprisionamento e prostituição foi comum durante a ocupação japonesa (1910-1945) e se agravou durante a Segunda Guerra Mundial, com a chegada de um número maior de tropas. Nesse período, foram estabelecidos diversos bordéis —as ditas "estações de conforto"—, tanto na Coreia do Sul como na China.

    No passado, o governo japonês declarou que a retomada das relações bilaterais entre os dois países e o pagamento de uma compensação financeira, em 1965, além do pedido formal de desculpas, em 1993, já haviam tratado do problema. Os sul-coreanos, porém, defendem que não houve reconhecimento das autoridades japonesas sobre as atrocidades cometidas no período colonialista.

    O encontro foi realizado um dia após a cúpula que reuniu as duas autoridades e o primeiro-ministro da China, na qual os três anunciaram a retomada de cooperação entre os países.

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