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    Israel fecha rádio palestina sob alegação de incitar ataques

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    03/11/2015 10h37

    O Exército israelense fechou, nesta terça-feira (3), a rádio palestina Al Hurria, baseada em Hebron, na Cisjordânia.

    Os militares afirmam que o veículo incitava a violência na região, agravada após uma série de ataques com armas brancas, iniciada em setembro, contra judeus.

    De acordo com o diretor da Al Hurria, Ayman Qawasmeh, tropas israelenses invadiram as dependências da rádio por volta das duas da manhã (no horário local), destruindo equipamentos e confiscando transmissores.

    Thomas Coex/AFP
    A group of Jews, escorted by Israeli police walk in the gardens of the Al -Aqsa mosque compound, sacred for Muslims and Jews, in Jerusalem's Old City, on November 3, 2015. AFP PHOTO / THOMAS COEX ORG XMIT: TCX341
    Grupo de judeus é escoltado pela polícia israelense em visita ao complexo de Al Aqsa, em Jarusalém

    "Essa é uma clara e violenta agressão à mídia palestina", afirma Qawasmeh. "Não incitamos nada, apenas reportamos os crimes diários de Israel contra nosso povo. Eles querem calar nossa voz."

    Israel afirma que a última onda de ataques foi iniciada em uma campanha palestina de mentiras e incitação. Os palestinos a atribuem a quase meio século de frustração com a ocupação israelense, iniciada em 1967.

    Desde setembro, os ataques já causaram a morte de 11 judeus, quase todos por esfaqueamento. A contraofensiva israelense matou 69 palestinos –43 deles, segundo Israel, estavam envolvidos nos ataques.

    A violência na região continua. Na segunda-feira (2), um palestino feriu gravemente um homem de 70 anos em Israel horas depois de um ataque próximo a Tel Aviv, onde uma mulher de 80 anos também ficou ferida.

    A região de Hebron, maior cidade da Cisjordânia, é um dos pontos focais na disputa. Centenas de judeus vivem em assentamentos em enclaves protegidos, cercados por milhares de palestinos.

    O Exército israelense afirma que, no último mês, palestinos empreenderam 29 ataques na cidade, incluindo 22 esfaqueamentos, quatro atentados a veículos e três ataques a tiros.

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