O premiê russo, Dmitri Medvedev, admitiu que o avião da companhia russa Metrojet que caiu no Egito com 224 pessoas a bordo pode ter sido alvo de um "ato terrorista".
"A possibilidade de um ato terrorista é considerada", disse o premiê, em entrevista ao jornal estatal "Rossiiskaia Gazeta", publicada nesta segunda-feira (9).
Londres e Washington, assim como os investigadores internacionais, suspeitam que uma bomba tenha explodido a bordo do avião depois que a aeronave decolou do balneário egípcio de Sharm el Sheikh, rumo a São Petersburgo, no último dia 31.
Até agora, a Rússia evitava atribuir o ocorrido a um atentado, mas, na última sexta-feira (6), o presidente Vladimir Putin cancelou os voos russos para o Egito.
A facção radical Estado Islâmico (EI) assegurou ter derrubado o avião em represália aos bombardeios russos na Síria, mas não explicou como o fez.
Medvedev disse que 80.000 turistas russos estavam no Egito quando Putin ordenou a suspensão dos voos para o país.
Desde a sexta-feira, 25.000 foram repatriados de Sharm el Sheikh, do balneário de Hurghada e do Cairo, em voos especiais.
A Rússia precisará de mais duas semanas para repatriar todos os turistas, disse Medvedev.