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    Brasil quer compromisso moral do G20 sobre subsídios agrícolas

    DE BRASÍLIA

    10/11/2015 17h11

    Pablo Martinez Monsivais - 15.nov.2014/Associated Press
    Da esq. para dir. o presidente da China Xi Jinping, o primeiro-ministro britânico David Cameron, o presidente da Mauritânia Mohamed Ould Abdel Aziz, o presidente dos EUA, Barack Obama, o primeiro-ministro da Índia Narendra Modi, o presidente do Mianmar Thein Sein, o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi e a presidente da Repúbllica, Dilma Rousseff, durante encontro do G20, em Brisbane (Austrália). *** U.S. President Barack Obama, center, gives a thumbs-up sign after taking a group with other world leaders during the G20 Summit family photo in Brisbane, Australia, Saturday, Nov. 15, 2014. With Obama are from left to right, Prime Minister of New Zealand, John Key, Chinese President Xi Jinping, British Prime Minister David Cameron, President of Mauritania Mohamed Ould Abdel Aziz, Prime Minister of India Narendra Modi, Myanmar's President Thein Sein, Italian Prime Minister Matteo Renzi, and Brazilian President Dilma Rousseff. (AP Photo/Pablo Martinez Monsivais,Pool) ORG XMIT: AUSM123
    A presidente Dilma Rousseff e chefes de Estado e Governo em encontro do G20 na Austrália, em 2014

    Diante da queda do preço das commodities, o Brasil quer que os países do G20 (grupo das nações mais ricas) assumam um "compromisso moral" de evitar o aumento de subsídios agrícolas.

    O tema será levado pela delegação brasileira à cúpula que acontece neste fim de semana em Antália, na Turquia. O embaixador Carlos Cozendey, subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, reconhece que o tema é "polêmico" e que a perspectiva de um compromisso é "baixa", mas afirmou ser importante o debate.

    "Achamos que, na situação atual de queda dos preços agrícolas, é um compromisso que o G20 deveria assumir. (...) A perspectiva de ter um compromisso nesse sentido não é tão boa, mas é um tema importante que o Brasil levante", disse o diplomata em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (10).

    A questão já foi abordada em encontro de preparação da cúpula e recebeu apoio de países como Argentina e Rússia. A União Europeia, entretanto, demonstrou resistência.

    "No passado, a resposta da queda foi aumentar os subsídios para socorrer o produtor doméstico em vez de deixar o mercado se ajustar. Nós entendemos que o mercado deveria se ajustar", completou.

    TEMAS POLÍTICOS

    Além da agenda econômica, estão na pauta do encontro questões como o combate ao terrorismo e a crise migratória internacional. Ambas foram sugeridas pela Turquia, país que preside o G20 no momento.

    "É uma oportunidade para os líderes terem um diálogo franco e aberto sobre esses temas e em função do que se discutir ali sairá [um posicionamento] ou na própria declaração geral ou à parte", disse Cozendey.

    A presidente Dilma Rousseff deve desembarcar na Turquia na noite de sábado (14). Na manhã do dia seguinte, está prevista reunião dos líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), seguida de reunião de todos os integrantes do G20.

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