• Mundo

    Sunday, 19-May-2024 05:00:30 -03

    paris sob ataque

    Brasileiros em Paris relatam momentos de medo; leia

    DE SÃO PAULO

    14/11/2015 09h18

    Ataques com tiros e explosões deixaram mais de 120 mortos em Paris, na pior violência a atingir a França desde a Segunda Guerra (1939-1945) e apenas dez meses depois da carnificina no semanário satírico Charlie Hebdo.

    Se você presenciou algum evento ou está em Paris, envie seu relato ou imagens para a Redação. Elas poderão ser publicadas pela Folha.

    Você pode acessar a página "Envie sua notícia" para enviar as informações, encaminhá-las diretamente pelo e-mail enviesuanoticia@grupofolha.com.br ou enviar as informações pelo Whatsapp da Folha: +55 (11) 99490-1649.

    Leia abaixo relato de brasileiros que estavam em Paris na hora dos ataques:

    Minha família quer que eu volte, diz brasileira que mora em Paris

    "Só quem está aqui pode imaginar o caos que está. O tiroteio foi em lugares muito badalados à noite. São lugares que frequentamos, que nossos amigos frequentam. Era sexta-feira. Pessoas no jogo, nos cafés, no show do Bataclan. Poderia ter acontecido de eu estar lá. Ou algum amigo. Estava dormindo em casa, tinha febre. Minha amiga chegou em casa desesperada. Estava perto dos locais, viu as ambulâncias e a polícia. Me acordou e eu estava confusa. A única preocupação na hora era de tentar alcançar nossos amigos para saber se estavam bem. E também para avisar que os ataques continuavam um a um. A cada minuto um novo local. Vários ataques em vários lugares, um atrás do outro e ao mesmo tempo. 6 ataques diferentes ao mesmo tempo!!! Todos tentando contatar uns aos outros para saber se o outro estava bem...
    Agora estamos trancados em casa! Quem tá na rua não acha táxi!! Fronteiras fechadas, aeroportos também. Mas por mais que esteja esse clima, meu coração está em paz. Minha família quer que eu volte. Isso é o que mais me deixa triste. Não tenho medo, e ainda assim me sinto mais segura que na Bahia. Meu amor por Paris é muito maior do que o medo."

    Mariana Biao Melo, por e-mail à Folha

    Estamos trancados no hotel, diz brasileira

    "Estou há apenas 1 dia de férias com minha famíllia em Paris e hoje fomos surpreendidos com esses ataques em Paris. Estamos "presos" no hotel com uma filha de apenas 6 anos, que está aterrorizada.
    Quase fomos aos locais atacados. À tarde decidimos ir ao Museu do Louvre, porque hoje era aberto até as 22h e poderíamos ver a Monalisa com tranquilidade. E depois iríamos à Torre Eiffel, que estaria aberta até meia-noite.
    Por sorte decidimos de última hora não ir. Procuramos algum lugar pra lanchar perto do Louvre e por sorte caminhamos à esquerda (outra vez) e não achamos o shopping que estava à direita. Resolvemos voltar ao hotel e não ir à Torre Eiffel. A casa de show está exatamente entre o Louvre e o hotel.
    Não entendemos porque o metrô não parou nas estações próximas à casa de show. Ouvimos pessoas gritando na estação e pensamos que era brincadeira. Muitos adolescentes que estavam dentro batiam nas portas que não se abriram. Quando chegamos ao quarto do hotel e ligamos a TV entendemos o que aconteceu!"

    Carol Nunes, por e-mail à Folha

    Clique nos ícones do mapa para mais detalhes:

    Mapa: Onde foram os ataques

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024