• Mundo

    Saturday, 04-May-2024 07:51:44 -03

    paris sob ataque

    Saiba quem são as vítimas dos atentados terroristas em Paris

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/11/2015 09h23 - Atualizado às 19h07

    A Presidência da França anunciou, nesta quarta (18), que 129 mortos dos atentados terroristas de sexta-feira (13), em Paris, foram identificados. Mais uma morte foi confirmada nesta sexta (20), de um paciente que se encontrava em estado grave, elevando o total de mortos para 130.

    "Neste dia, uma identidade pôde ser dada aos corpos dos mortos, 129 até hoje, e mais de uma centena de famílias puderam recuperar os restos mortais de seus entes queridos no Instituto Médico-Legal", afirma a nota do governo divulgada na quarta (18).

    Os ataques coordenados na capital francesa deixaram mais de 120 mortos e cerca de 350 feridos. A ofensiva terrorista incluiu explosões, tiroteios e a tomada de uma casa de shows na capital francesa.

    É o maior atentado na Europa desde 2004, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), que afirmou que o país "continua no topo da lista" de próximos atentados.

    Apesar de todos os mortos terem sido identificados, nem todos os nomes foram divulgados. Abaixo, uma lista com 107 nomes confirmados pela imprensa francesa.

    *

    NA CASA DE SHOWS BATACLAN

    Bataclan - Minuto a minuto

    Alban Denuit, 32, francês, artista plástico e professor da Universidade Bordeaux-Montaigne.

    Anne Guyomard, 29, francesa, trabalhava em uma creche.

    Antoine Mary, 34, desenvolvedor digital, trabalhava como freelancer.

    Ariane Theiller, 24, era funcionária de uma editora e sonhava em voltar a trabalhar com história em quadrinhos, assunto sobre o qual fez um mestrado na Universidade de Strasbourg.

    Armelle Pumir-Anticevic, 46.

    Aurélie de Peretti, 33, francesa, tinha vindo de Saint-Tropez para o show.

    Baptiste Chevreau, 24, músico

    Bertrand Navarret, 37, vivia em Capbreton, perto da fronteira com a Espanha, e estava em Paris a turismo com alguns amigos. Trabalhava como carpinteiro.

    Caroline Prenat, 24, trabalhava com artes gráficas.

    Cédric Gomet, 30, trabalhava para o canal TV5 Monde. Também era guitarrista amador e tinha uma banda com alguns amigos. Teria conseguido sair do Bataclan, mas morreu em decorrência dos seus ferimentos.

    Cédric Mauduit, francês, era funcionário público da Normandia, e estava no local com cinco amigos.

    Christophe Foultier, 39.

    Christophe Lellouche, 33. Estava desempregado, após terminar um trabalho com duração pré-determinada. Tinha com três amigos uma banda, da qual era guitarrista e vocalista.

    Claire Camax, 35, era artista gráfica. Ela estava no Bataclan com seu marido, que sobreviveu. Deixa dois filhos.

    David Perchirin, 45, francês, jornalista que havia se tornado professor.

    Elif Dogan, 26, belga, era casada com Milko Jozic, que trabalhava na área de informática. Os dois haviam se mudado para Paris há apenas quatro meses e moravam na mesma rua do Bataclan.

    Elodie Breuil, 23, francesa, cursava design na Ecole de Condé Paris. Segundo seu irmão, ela participou das manifestações contra os ataques ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, em janeiro.

    Eric Thomé, 39, era fotógrafo e artista gráfico. Tinha uma filha de cinco anos e sua companheira, Laurence, está grávida de oito meses de seu segundo filho.

    Estelle Rouat, 25, trabalhava como professora de inglês na periferia de Paris, em uma escola secundária.

    Fabian Stech, 51, nasceu em Hannover (Alemanha), mas vivia na França desde 1994. Ele era professor e trabalhava como crítico para a revista de arte alemã "Kunstforum International". Deixou dois filhos.

    Fabrice Dubois, 46, francês, casado e pai de dois filhos, trabalhava no Publicis Conseil.

    Fanny Minot, 29, trabalhava como editora do programa de TV francês "Le Supplement".

    Franck Pitiot, 33, era engenheiro.

    François-Xavier Prévost, 29, francês, era publicitário e estava no show com amigos.

    Frédéric Henninot, 45, trabalhava no Banco da França em Cergy. Deixou dois filhos.

    Germain Ferey, 36, francês, estava com a namorada no show e era nativo da Normandia.

    Gilles Leclerc, 44, trabalhava como florista. Estava com a namorada no Bataclan, que sobreviveu.

    Grégory Fosse, 28, francês, programador musical.

    Guillaume Decherf, 43, francês, era um jornalista que escrevia sobre música. Pai de duas filhas, ele trabalhava na revista "Les Inrockuptibles". Até a confirmação de sua morte, amigos chegaram a mencionar no Twitter que ele estava desaparecido e sua mulher, desesperada.

    Hélène Muyal, 35, maquiadora e cabeleireira, era mãe de um menino de 16 meses.

    Hugo Sarrade, 23, estudante de mestrado em Montpellier, que estava em Paris especialmente para o show da banda Eagles of Death Metal.

    Jean-Jacques Amiot, 68, trabalhava como serigrafista.

    Jean-Jacques Kirchheim, 44.

    Juan Alberto Gonzáles, 29, espanhol, era engenheiro e havia deixado a espanhola Granada há dois anos para viver em Paris com sua esposa, que sobreviveu aos ataques.

    Julien Galisson, 32, cresceu em Orvault e morava em Nantes. Ele estava no show com uma amiga, que sobreviveu.

    Lola Salines, 28, francesa, trabalhava na editora First-Gründ e participava do time de patinação La Boucherie de Paris. Sua morte foi confirmada por seu pai, Georges.

    Luis Felipe Valle, 33, chileno, vivia na capital francesa há oito anos era músico. Sua mulher, Cécile Misse, 32, que estava com ele, também morreu. Ela trabalhava como produtora no teatro Jean-Vilar de Suresnes.

    Madeleine Sadin, 30, era professora de francês em um colégio de Vitry-sur-Seine. Estava com um amigo, que sobreviveu.

    Manu Perez, 40, francês, trabalhava na Universal.

    Marie-Aimée Dalloz, 34, era parisiense e trabalhava em um banco.

    Marie Lausch, 23, e Mathias Dymarski, 23, eram namorados há cinco anos e tinham se mudado juntos há dois meses para Paris. Lausch estava terminando o ensino superior e Dymarski era engenheiro civil. Ele tinha acabado de conseguir um novo emprego.

    Marie Mosser, 24, que estava com Thomas Ayad, trabalhava com comunicação e marketing digital na Universal.

    Marion Jouanneau, 24, morava em Chartes. Foi com o namorado a Paris especialmente para ver o show no Bataclan. Ele sobreviveu.

    Mathieu Hoche, 38, trabalhava como cameraman do canal TV France 24. Deixa um filho de nove anos.

    Matthieu Giroud, 39, professor de geografia na Universidade de Paris-Est.

    Maud Serrault, 37, diretora de marketing e e-commerce na Best Western France.

    Maxime Bouffard, 26, francês, cineasta.

    Mayeul Gaubert, 30, era jurista.

    Nathalie Jardin, 31, trabalhava como iluminadora de palco no Bataclan

    Nick Alexander, 36, britânico, vendia produtos da banda US band Eagles of Death Metal na casa de shows atacada. Era natural de Essex, na Inglaterra. "Nick não era apenas irmão, filho e tio, mas o melhor amigo de todos: generoso, divertido e muito leal", afirmou a família, em comunicado.

    Nicolas Catinat, 37, era artesão. Segundo testemunhas, teria morrido enquanto tentava proteger seus amigos

    Nicolas Classeau, 43, francês, diretor do instituto IUT de Marne-la-Vallée, parte da Universidade de Paris-Est. Tinha três filhos, todos com menos de 16 anos.

    Olivier Hauducoeur, 44, trabalhava no banco Arval. Era casado e deixou dois filhos.

    Olivier Vernadal, 44, trabalhava para a Receita francesa e morava perto do Bataclan, casa de shows que sempre frequentava.

    Patricia San Martín, chilena de 61 anos, trabalhava na prefeitura de Sevran. Segundo amigos ouvidos pelo jornal "Le Parisien", Patricia se exilou na França na década de 1970, por se opor ao regime de Augusto Pinochet. Ela Estava no Bataclan com a filha, Elsa Veronique Deplace San Martin, 34, que também não sobreviveu.

    Pierre Innocenti, 40, francês, era um dos donos do restaurante Che Livio e primo de Stéphane.

    Pierre-Antoine Henry, 36, era engenheiro.

    Pierre-Yves Guyomard, 43, francês, engenheiro de áudio e professor, era marido de Anne. Os dois haviam se casado em maio de 2013.

    Précilia Correia, 35, nasceu em Asnières-sur-Seine, periferia de Paris, e tinha pai português e mãe francesa. Trabalhava como vendedora na Fnac.

    Quentin Boulenger, 29, francês, era de Reims. Trabalhava com marketing na L'Oreal Paris.

    Quentin Mourier, 29, era arquiteto. Trabalhava na empresa Vergers Urbains. Estava com um amigo, que sobreviveu.

    Raphaël Ruiz, 38, tinha uma banda amadora de pop-rock. Trabalhava como redator na empresa Ubiqus e fazia doutorado sobre a história da Irlanda.

    Renaud Le Guen, 29, trabalhava como recepcionista. Estava com a namorada, dois irmãos e uma cunhada no Bataclan. Eles sobreviveram. Tinha seu casamento marcado para 2016.

    Richard Rammant, 53, estava com a esposa no show. Ela ficou ferida, mas sobreviveu. Richard deixa duas filhas.

    Romain Dunet, 25, era professor de inglês.

    Stéphane Albertini, francês, trabalhava no restaurante familiar Che Livio em Neuilly-sur-Seine, subúrbio de Paris. Era casado e tinha um filho pequeno.

    Stéphane Hache, 52, trabalhava em um hotel. Ele foi morto em seu apartamento, que ficava em frente ao Bataclan, por uma bala perdida.

    Mapa dos locais do atentados em Paris

    Suzon Garrigues, 21, estudava literatura na Universidade Sorbonne. Ela estava com seu irmão no momento do ataque, que sobreviveu.

    Thibault Rousse Lacordaire, 36, cresceu em Paris e trabalhava no setor financeiro, com fundos de investimento.

    Thomas Ayad, 34, francês, trabalhava como gerente de produtos internacionais na gravadora Mercury Records, que pertence à Universal. Estava no Bataclan com dois amigos que também morreram.

    Thomas Duperron, 30, era responsável pelo setor de comunicação da casa de shows La Maroquinerie, em Paris.

    Valentin Ribet, 26, francês, advogado especializado em crimes do colarinho branco. Vivia em Londres, onde terminou um mestrado em Direito Penal pela London School of Economics em 2014.

    "Era um advogado talentoso, extremamente querido, e uma maravilhosa personalidade no escritório", afirmou, em nota, a empresa em que Ribet trabalhava, Hogan Lovells.

    Valeria Solesin, 28, italiana, fazia doutorado na Sorbonne. Ela vivia em Paris há vários anos e tinha ido ao concerto no Bataclan com o namorado, de quem se perdeu durante a confusão.

    Vincent Detoc, 38, francês, era arquiteto e músico amador. Deixou dois filhos pequenos, de 9 e 7 anos.

    Yannick Minvielle, 39, francês, era diretor de criação em publicidade na empresa Publicis. Tinha uma banda com amigos.

    *

    NAS IMEDIAÇÕES DO RESTAURANTE LE PETIT CAMBODGE, DO BAR CARILLON E DA RUA LA FONTAINE AU ROI

    Asta Diakité, prima do jogador Lassana Diarra, que enfrentou a Alemanha no Stade de France. "Era como uma irmã mais velha para mim. Neste clima de terror, é importante que todos os representantes de nosso país e sua diversidade falem e permaneçam unidos contra um horror que não tem cor, nem religião", escreveu o atleta em rede social.

    Charlotte Meaud, 29, que trabalhava na start-up Scientipôle, estava com a irmã gêmea, Emilie Meaud, arquiteta, no terraço do café Le Carillon. As duas cresceram na comunidade de Aixe-sur-Vienne.

    Chloé Boissinot, 25, estudante, tinha ido jantar no Petit Cambodge com seu namorado, que sobreviveu.

    Justine Moulin, 23, era estudante e estava no terraço do Petit Cambodge. Ela vivia em Paris.

    Kheireddine Sahbi, 29, argelino, era estudante de mestrado em etnomusicologia na Universidade Sorbonne. Ele estava na rua, voltando para casa, quando foi morto.

    Lucie Dietrich, 37, trabalhava na revista "L'Etudiant" como infografista.

    Marion Lieffrig-Petard, 30, e Anna Lieffrig-Petard, 24, eram irmãs e estavam no restaurante no momento do ataque. Marion fazia mestrado em música na Universidade Sorbonne. Já Anna trabalhava como designer e havia estagiado no Repórteres Sem Fronteiras em 2013.

    Mohamed Amine Ibnolmobarak, 29, marroquino e muçulmano, era arquiteto e professor na faculdade ENSA Paris-Malaquais. Sua esposa levou três tiros e se encontra em estado crítico. Eles estavam jantando no restaurante Le Carillon.

    Nohemi Gonzalez, 23, era estudante da California State University e foi a primeira norte-americana a ter a morte confirmada nos ataques. González e três colegas conseguiram o segundo lugar em um concurso global que propunha novas formas de sustentabilidade nos alimentos. Ela estava em Paris para estudar na Escola de Desenho Strate, em um programa de intercâmbio. A equipe criou o Polli Snak, pacote de salgadinhos biodegradável e que continha sementes para que fossem plantadas depois de consumido.

    Raphael Hilz, 28, um dos dois cidadão alemães mortos nos ataques, era arquiteto e trabalhava havia seis meses em Paris.

    Sébastien Proisy, 38, era consultor em negócios internacionais. Ele estava em frente a um restaurante na rua Bichat, onde participava de um jantar de negócios, quando foi morto. Ele tinha um filho.

    Stella Verry, 37, era médica e estava jantando no Petit Cambodge no momento do ataque. Ela havia recentemente aberto uma clínica própria.

    *

    NA RUE DE CHARONNE, PERTO DO CAFÉ E BAR LA BELLE ÉQUIPE

    Djamila Houd, 41, francesa, era da cidade de Dreux, a 80 km de Paris.

    Guillaume Le Dramp, 33, francês, era de Cherbourg e trabalhava em um restaurante em Paris. Estava comemorando seu aniversário no Belle Équipe, segundo o "Libération".

    Halima Saadi, 37, tinha origem tunisiana e estava com a irmã Hodda Saadi, 35. Halima, que comemorava seu aniversário no Belle Équipe, deixou dois filhos, de 6 e 3 anos. Segundo um irmão de Halima e Hodda, as duas eram totalmente integradas à sociedade francesa. "Os que fazem isso não podem reivindicar suas ações em nome da religião", afirmou.

    Hyacinthe Koma, 37, burquinense, trabalhava como garçom. Tinha ido ao Belle Équipe para comemorar o aniversário da amiga Halima Saadi.

    Ionut Ciprian Calciu, 32, romeno, e Lacramioara Pop, 29 e também romena, eram namorados. Os dois, que se conheceram na França, tinham um filho de 18 meses, que não estava no local. Eles estavam no Belle Equipe para comemorar o aniversário de um amigo. Ionut trabalhava consertando elevadores e Lacramioara em um bar.

    Macathéo Ludovic Boumbas, 40, francês, era conhecido como "Ludo" e estava no La Belle Équipe comemorando o aniversário de sua amiga, Houda Saadi. Ele tinha origem congolesa e trabalhava na transportadora FedEx. Segundo reportagem do "Daily Mail", teria morrido enquanto tentava proteger uma jovem.

    Michelle Gil Jaimes, 27, mexicana, fez ensino superior em Lyon e estava noiva.

    Romain Feuillade, 31, cresceu em Gilly-sur-Isère e tinha vindo a Paris para tentar a carreira de ator. Junto com um amigo, tinha um restaurante chamado "Les Cent Kilos".

    Romain Didier, 32, francês, estudava teatro e era gerente de um bar em Paris. Estava com Lamia Mondeguer, 30, outra vítima, que trabalhava para uma agência de talentos.

    Thierry Hardouin, era policial e estava no La Belle Équipe para comemorar o aniversário de sua companheira. Deixou dois filhos adolescentes.

    Véronique Geoffroy de Bourgies, 54, criou em 2004 a ONG humanitária Zazakely Sambatra. Estava na rua de Charonne no momento do ataque. Foi jornalista nas revistas "Madame Figaro" e "Vogue Homme". Deixou dois filhos adotivos.

    Victor Muñoz, 25.

    *

    NO STADE DE FRANCE

    Manuel Colaco Dias, 63, português, morava há mais de 40 anos em Paris e morreu em uma das explosões perto do Stade de France. Segundo o jornal francês "Le Parisien", Dias trabalhava como motorista. Ele havia levado três pessoas de Reims (a cerca de 150 km de Paris) para ver o jogo, e estava esperando do lado de fora do estádio.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024