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    paris sob ataque

    Conservadores europeus pedem rigor para refugiados após ataque em Paris

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/11/2015 13h30

    Nikolay Doychinov/AFP
    TOPSHOTS A migrant carrying his sleeping child crosses the Greek-Macedonian border near the town of Gevgelija on September 17, 2015. The European Parliament backed plans to relocate 120,000 refugees around the EU to help the frontline states of Greece, Hungary and Italy, in a move that hiked pressure on ministers to adopt the proposals next week. AFP PHOTO / NIKOLAY DOYCHINOV ORG XMIT: NIK001
    Refugiado carrega o filho adormecido enquanto cruza a fronteira entre a Grécia e a Macedônia

    Políticos europeus que se opõem à entrada de refugiados em seus países têm usado os atentados de sexta-feira (13) em Paris, na França, para argumentar pelo fechamento das fronteiras e revisão das políticas de recebimento desses imigrantes.

    Os pedidos por mudança nas normas que regem o recebimento dos refugiados ganharam força depois que um passaporte sírio, supostamente de um refugiado, foi encontrado junto de um dos homens-bomba responsáveis pelas explosões no Stade de France. Não foi confirmado pelas autoridades responsáveis pela investigação se o passaporte realmente pertencia ao terrorista ou se foi roubado.

    Na França, a líder do Front Nacional, Marie Le Pen, partido de extrema direita, disse em pronunciamento na televisão que o país deve "aniquilar o fundamentalismo islâmico", proibir organizações islamitas, fechar mesquitas radicais, expulsar "pregadores do ódio" e imigrantes ilegais e revogar a dupla nacionalidade de muçulmanos, além de deportá-los.

    Aliados da chanceler da Alemanha Angela Merkel têm pressionado o governo para que reveja a política de "portas abertas" do governo, sinalizando que apoiam medidas mais severas para a entrada e de inteligência contra radicais no território alemão.

    "Os dias de imigração descontrolada e ilegal não podem continuar. Paris mudou tudo", disse o ministro das Finanças do estado da Bavária, Markus Soeder, a um jornal local.

    Na Holanda, o líder da extrema-direita Geert Wilders, anti-Islã, afirmou que o governo está em negação sobre as conexões entre imigração e terrorismo. "Primeiro-ministro Rutte, feche as fronteiras!", diz um comunicado do Partido da Liberdade, de Wilders.

    O líder do partido nacionalista italiano Liga do Norte, Matteo Salvini, disse a repórteres em Milão que "se os imigrantes são de segunda, terceira ou quarta geração, é ainda pior, pois isso mostra que o Islã não é compatível com a democracia".

    O recém-constituído governo polonês exigiu garantias de segurança antes de aceitar o sistema europeu de cotas para refugiados, afirmando que o massacre coloca em xeque a política de migração da Europa.

    Pelo plano, a Polônia receberia 4.500 refugiados, além dos 2.000 que já vivem em seu território. "Os ataques significam que é preciso revisar a política europeia em relação à crise migratória", afirmou Konrad Szymanski, que toma posse como ministro das Relações Exteriores nesta segunda-feira (16).

    O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, nacionalista de centro-direita que se opôs ao sistema de cotas, levantou a possibilidade de que militantes do Estado Islâmico (EI) tenham se infiltrado na onda de imigrantes que chegou à Europa.

    Os pedidos dos líderes conservadores aprofundam as divisões entre os países europeus sobre a forma de lidar com a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

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