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    paris sob ataque

    Reforço na segurança muda rotina de viajantes na França

    JOANA CUNHA
    ENVIADA ESPECIAL A PARIS

    17/11/2015 11h51

    O reforço na segurança e no controle das fronteiras e serviços aduaneiros promovido pelo governo francês desde os ataques em Paris, na última sexta-feira (13), alterou a rotina dos viajantes que passam por estações de trens, ônibus e aeroportos.

    Além das longas filas devido à inspeção de bagagem, que está mais demorada e detalhista nos aeroportos, turistas estão sujeitos a abordagem policial e verificação de documentos.

    Eric Gaillard/Reuters
    An armed French soldier patrols at Nice international airport in Nice, France, November 17, 2015 as security increases after last Friday's series of deadly attacks in Paris. REUTERS/Eric Gaillard ORG XMIT: NIC01
    Soldado armado patrulha o aeroporto internacional de Nice, na França

    A Folha presenciou a abordagem de um turista jordaniano por três policiais franceses dentro de um ônibus saindo do país na fronteira com a Espanha na manhã de domingo (15). O jovem foi instado a apresentar todas as passagens que provavam se tratar de um turista.

    Aos outros passageiros, apenas o passaporte foi solicitado.

    Na estação Gare du Nord, a estudante brasileira Maira Lopes recebeu em seu celular, minutos antes de embarcar para a cidade de Lille nesta segunda-feira (16), uma mensagem da companhia de trem informando que ela poderia ter de apresentar um documento de identidade.

    Nesta estação, de onde partem trens para o país e para a Europa, havia policiamento ostensivo em quase todas as plataformas.

    "Viajo muito de trem pela Europa e nunca foi assim. Estou me sentindo segura neste trem, mas no metrô eu tive receio", diz Lopes, que mora na Suécia há cerca de dois anos.

    Passageiros que desembarcam na cidade pela primeira vez após o atentado demonstram insegurança.

    O barulho de portas dos vagões de um trem que seguia do aeroporto Charles de Gaule a Paris na noite deste domingo alertava até mesmo os parisienses habituados às antigas instalações da rede expressa regional (RER).

    "Que susto! Esse barulho parece um tiro. Estou traumatizada", disse Christine Briand, que estava fora da cidade desde a semana passada.

    Após o atentado, o presidente François Hollande decidiu intensificar o controle das fronteiras, mas não o fechamento irrestrito, como fora anunciado inicialmente pela presidência.

    A decisão de restabelecer o controle, na realidade, já havia sido tomada e colocada em prática desde meados da semana passada com o objetivo de elevar a segurança nas portas do território francês durante a COP-21, a conferência do clima, que será realizada na cidade no início de dezembro e receberá mais de 190 delegações oficiais.

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