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    paris sob ataque

    Apesar de guerra, franceses não devem ceder ao medo, diz Hollande

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    18/11/2015 11h42

    O presidente François Hollande disse que os franceses não podem "ceder ao medo" e devem "retomar completamente a vida" cultural do país após os ataques terroristas que mataram 129 pessoas em Paris na sexta-feira (13).

    "O que seria nosso país sem cafés, espetáculos, eventos esportivos, museus?", declarou Hollande nesta quarta-feira (18) durante encontro com prefeitos de todo o país. "Os terroristas visaram a própria ideia da França, aquilo que ela representa. (...) A juventude da França foi o alvo."

    13.nov.2015/Christelle Alix/Presidência Francesa/AFP
    In this handout picture receivced from the French Presidents office French president Francois Hollande adresses the nation on November 13, 2015 after a series of gun attacks occurred across Paris as well as explosions outside the national stadium where France was hosting Germany. French President Francois Hollande said Friday he had declared a state of emergency across the country after simultaneous attacks in Paris left at least 39 people dead. AFP PHOTO / PRESIDENCE DE LA REPUBLIQUE / CHRISTELLE ALIX RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / PRESIDENCE DE LA REPUBLIQUE / CHRISTELLE ALIX " - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS ORG XMIT: -
    François Hollande faz pronunciamento após ataques em Paris

    O mandatário prometeu aos prefeitos reforçar a segurança nas cidades para que museus sejam reabertos "e turistas sejam bem-vindos".

    Segundo Hollande, as operações policiais de busca por suspeitos de envolvimento com o extremismo islâmico, como a que ocorreu na manhã desta quarta no norte de Paris, "confirmam que o país está em guerra" contra o terror.

    O presidente defendeu "restrições temporárias de liberdade" para garantir a segurança do país, e disse que elas devem ser eventualmente retomadas.

    Nesta quarta-feira, o governo propôs formalmente ao Parlamento estender por três meses o estado de emergência que está em vigor no país desde os atentados. A proposta inclui medidas que dão permissão às autoridades para proibir "qualquer associação ou encontro", incluindo mesquitas e grupos comunitários.

    Hollande reconheceu o crescimento da islamofobia na França após os atentados, e disse que "quaisquer atos xenofóbicos, antissemitas [ou] islamofóbicos não devem ser tolerados".

    Além disso, o mandatário negou que os ataques terroristas tenham a ver com o crescente fluxo de refugiados entre o Oriente Médio e a Europa.

    Ele disse que "os habitantes de áreas no Iraque e na Síria controladas pelo Daesh [termo em árabe para se referir à milícia radical Estado Islâmico (EI)] são martirizados por aqueles" que atacam a França atualmente.

    Hollande anunciou que a França deve dar asilo para 30 mil refugiados nos dois próximos anos.

    Desde os atentados da semana passada, a França intensificou seus bombardeios contra o EI na Síria e vem buscando a formação de uma coalizão internacional única, que envolva os EUA e a Rússia para combater o terrorismo.

    Para coordenar esforços militares, Hollande pretende visitar o presidente Barack Obama em Washington na próxima terça-feira (24) e o presidente Vladimir Putin em Moscou na quinta (26).

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