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    Crimeia fica sem energia após Ucrânia interromper fornecimento

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    22/11/2015 12h47

    Um estado de emergência foi declarado na Crimeia depois que um problema nas torres de alta tensão interrompeu o fornecimento de energia transmitida da Ucrânia e deixou quase duas milhões de pessoas sem luz, informou o governo russo neste domingo (22).

    O Ministério de Energia russo informou em comunicado que as linhas de força que transmitiam energia da Ucrânia para a Crimeia foram afetadas na sexta-feira (20), mas não citou a causa do problema.

    Reuters
    Membros do Exército da Ucrânia e do Ministério do Interior fazem círculo de proteção em torno de uma das torres de energia afetadas
    Membros do Exército da Ucrânia fazem círculo de proteção em torno de uma das torres de energia

    A imprensa do país afirma que duas torres de alta tensão na região ucraniana de Kherson, ao norte da Crimeia, foram explodidas por nacionalistas ucranianos, opositores à anexação da Crimeia pela Rússia em março do ano passado. A ação russa causou fúria em Kiev e levou o Ocidente a aplicar diversas sanções econômicos a empresas e cidadãos russos.

    A agência de notícias Associated Press diz que ativistas ucranianos que pediam bloqueio econômico da Crimeia tentaram impedir o conserto das linhas, mas recuaram após confronto com a polícia. O grupo negou, contudo, autoria do ataques às linhas de força.

    O ministro de Energia da Ucrânia, Volodymyr Demchyshyn, disse em comunicado que quatro linhas de força foram danificadas e que dois distritos da região ucraniana de Kherson também ficaram no escuro.

    O ministério russo informou que foi declarado estado de emergência na Crimeia. Até este domingo, afirmou o órgão, a energia havia sido restaurada para um quarto da população com o uso de geradores a gás.

    O governante da Crimeia, Sergei Aksyonov, declarou segunda-feira um dia sem trabalho diante da situação.

    Caso seja confirmado como um ataque de nacionalistas ucranianos, a ação deve agravar os atritos diplomáticos entre os dois países, provocados pelo suposto apoio de Moscou a separatistas no leste da Ucrânia e pela anexação da Crimeia.

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