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    Israelense é morto a facadas em novos ataques na Cisjordânia e Jerusalém

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    23/11/2015 16h45

    Um israelense morreu ao ser esfaqueado por um palestino na fronteira entre Israel e a Cisjordânia, na mais grave ação de uma série de três ataques com armas brancas na região nesta segunda-feira (23).

    Os ataques se intensificaram na última semana, mas ocorrem com frequência diária desde setembro. Desde o início de outubro, morreram 91 palestinos —a maioria abatido por policiais—, 20 israelenses, um americano e um eritreu.

    Ahma Gharabli/AFP
    Soldados israelenses fazem guarda ao lado do corpo de um palestino morto após matar israelense
    Soldados israelenses fazem guarda ao lado do corpo de um palestino morto após matar israelense

    O primeiro deles ocorreu em Jerusalém Ocidental, que não era palco de um ataque deste tipo há duas semanas. Duas adolescentes palestinas, de 14 e 16 anos, atacaram um homem palestino de 70 anos em um mercado.

    Um policial à paisana atirou contra a menina mais nova, que caiu no chão e, em seguida, foi atingida por uma cadeira atirada por um homem. Depois, o agente matou a garota mais velha e voltou a disparar contra a primeira.

    A adolescente de 14 anos foi levada ao hospital gravemente ferida. O idoso atacado sofreu ferimentos leves e passa bem. Durante a ação, um israelense foi atingido de raspão pelo policial, mas não corre risco de morrer.

    A segunda ação ocorreu em um cruzamento perto de Naplusa, no norte da Cisjordânia. Segundo a polícia, um palestino tentou atacar um israelense com uma arma branca quando foi morto a tiros por soldados do Exército de Israel.

    Horas depois, outro palestino conseguiu matar a facadas um israelense em um posto de gasolina na estrada que liga a Cisjordânia a Jerusalém e Tel Aviv. O agressor foi morto por policiais.

    Nesta segunda, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou o envio de mais um grupo de militares para a Cisjordânia. "Não há limite para a ação do Exército e das forças de segurança", disse o chefe de governo.

    No domingo (22), as autoridades palestinas condenaram a reação de Israel aos ataque e acusou as forças de segurança de forjarem provas para incriminar os palestinos e justificarem suas mortes.

    KERRY

    Os ataques voltam a se intensificar na véspera da visita do secretário de Estado americano, John Kerry, à região para se encontrar com Netanyahu e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

    Ele tentará mais uma vez retomar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, que foram paralisadas em abril de 2014. Em Abu Dhabi, ele lamentou a nova série de ataques.

    "Isso acontece quase todo o dia por lá e é terrível, e muitos israelenses foram mortos e esfaqueados, e muitos palestinos também morreram. Não há desculpa para nenhum desses atos de violência."

    Apesar de ter a intenção de tentar acalmar os ânimos entre as partes, Kerry foi cauteloso. "Eles [Israel e palestinos] não estão em uma situação para fazer concessões."

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