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    Venezuela diz ter prendido suspeitos de matar opositor

    SAMY ADGHIRNI
    DE CARACAS

    30/11/2015 21h54

    O Ministério Público da Venezuela anunciou nesta segunda (30) a prisão de três suspeitos de participar do assassinato do dirigente opositor Luis Manuel Díaz, baleado na semana passada no Estado de Guárico (centro) durante comício para a eleição parlamentar de domingo (6).

    A oposição atribui o ataque a simpatizantes chavistas, e o presidente Nicolás Maduro diz que a vítima integrava uma quadrilha dedicada a roubos e sequestros.

    Marco Bello/Reuters
    Presidente Nicolás Maduro durante evento de campanha em Caracas, na Venezuela
    Presidente Nicolás Maduro durante evento de campanha em Caracas, na Venezuela

    Os suspeitos foram identificados como William Méndez, 28, José Abad, 25, e Ronald Hernández, 22. Segundo o MP, foram presos por agentes do CICPC, equivalente local da polícia civil, na cidade Altagracia de Orituco, onde o assassinato ocorreu.

    A mídia local diz que os suspeitos confessaram a autoria do crime. Seriam membros de uma facção criminosa conhecida como "El Malony". O CICPC busca um quarto suspeito, segundo jornais.

    O CRIME

    Dirigente local do partido Ação Democrática, Díaz foi alvejado ao entardecer da última quinta (26) enquanto estava no palanque de um evento de campanha da aliança opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática).

    Lilian Tintori, mulher do opositor Leopoldo López, preso há um ano e meio sob acusação de instigar violentos protestos antigoverno, disse que estava presente no momento dos disparos. Integrantes da oposição negam essa versão e afirmam que ela já havia deixado o palanque.

    A morte de Díaz sucede uma série de incidentes envolvendo a hostilização de opositores. Há dez dias, Miguel Pizarro, do partido Primeiro Justiça, foi cercado por homens armados que o impediram de fazer campanha numa favela de Caracas.

    Os agressores usavam camisetas vermelhas do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, chavista).

    Brasil, EUA e a Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiram que o governo venezuelano tome providências para evitar novos episódios de violência.

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