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    conferência do clima em paris

    Mudanças climáticas devem levar a nova crise de refugiados, diz Obama

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    01/12/2015 12h21 - Atualizado às 17h13

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira (1º) que o mundo passará por uma nova crise de refugiados caso os países não se comprometam com uma ação ambiciosa para evitar as mudanças climáticas.

    Nesse contexto, o líder dos EUA defendeu que o acordo em negociação na Conferência do Clima de Paris (COP21) deva ser parcialmente vinculante (com força de lei).

    Para Obama, as metas específicas que cada país está estabelecendo para reduzir as emissões de gases estufa podem não ter força de tratados, mas é fundamental que "revisões periódicas" desses compromissos tenham força de lei, em uma referência aos cinco anos sugeridos pelos negociadores.

    A declaração representa um desafio aos republicanos, que já disseram que vão barrar a aprovação do acordo climático no Congresso. Alas mais radicais do partido não acreditam no aquecimento global.

    Apesar disso, Obama disse ter confiança que a pressão internacional fará os republicanos cederem. "A situação dos EUA como potência global e sua habilidade de influenciar situações depende da preocupação de outros países. E os outros países levam muito a sério a mudança climática."

    "Se deixarmos o mundo continuar aquecendo rapidamente como está, então teremos de dedicar mais e mais dos nossos recursos para se adaptar às várias consequências das mudanças climáticas. Este é um imperativo econômico e de segurança que temos de enfrentar agora."

    Em encontro paralelo à COP21, Obama recebeu dirigentes de países insulares, como os caribenhos Santa Lúcia e Barbados, Papua Nova Guiné, Kiribati e Ilhas Marshall, na Oceania.

    Ele os citou como exemplos de áreas destruídas com as mudanças climáticas. "Estes não são os países mais populosos ou influentes, mas suas populações estão entre as mais vulneráveis à devastação", disse o americano.

    O mandatário disse entender a beleza e a fragilidade da vida nestas ilhas por ser um "garoto insulano" —o presidente americano nasceu no Havaí. E pediu um financiamento global a esses países para que se adaptem às mudanças.

    ELETRICIDADE

    Nesta terça, a França prometeu investir € 8 bilhões (R$ 32 bilhões) nos próximos cinco anos em energia renovável na África, a fim de aumentar a parcela da população com acesso à eletricidade.

    Em encontro com líderes de 12 países, o presidente François Hollande comenta sobre mudanças, como erosão costeira, desertos e seca. "O mundo, em particular o desenvolvido, deve ao continente africano na questão ambiental."

    Enquanto isso, líderes mundiais, especialmente sul-americanos, defenderam a preservação das florestas e criticaram a redução dos parques nacionais. As reservas absorvem boa parte das emissões de combustíveis fósseis do mundo.

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