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    conferência do clima em paris

    Conferência do clima tenta preencher lacunas de texto preliminar de acordo

    LEANDRO COLON
    ENVIADO ESPECIAL A PARIS

    05/12/2015 09h28

    Sem definir os pontos mais polêmicos, foi apresentado oficialmente neste sábado (5) o texto preliminar do acordo em negociação da COP21, a Conferência do Clima da ONU.

    O documento, espécie de esqueleto do acordo, tem 48 páginas e continua cheio de lacunas a serem preenchidas até o dia 11, último dia de conferência, em Paris.

    O texto mantém em aberto, por exemplo, um dos principais entraves do encontro, o financiamento para os países pobres enfrentarem o aquecimento global. O rascunho ainda inclui entre as opções a brecha para que não só os países desenvolvidos banquem a conta da batalha climática.

    AFP PHOTO / ALAIN JOCARD
    Esfera no stand dos EUA da conferência do clima de Paris, a COP-21
    Esfera no stand dos EUA da conferência do clima de Paris, a COP-21

    Sob pressão dos Estados Unidos, uma das alternativas cogitadas por enquanto é a de que qualquer país em condições de ajudar deve dar sua contribuição financeira, o que abre espaço para os em desenvolvimento serem cobrados neste sentido. Durante a semana, o G77 + China, grupo de 135 nações em desenvolvimento, havia se posicionado fortemente contra essa opção.

    Assim como também continua indefinida a discussão sobre a obrigatoriedade de cumprimento das metas de cada país para redução de poluentes. O documento preliminar menciona o tema em tom de desejo de cada nação em cumprir suas promessas, e não como uma determinação. Este é outro ponto que países como os Estados Unidos se opõem —para o governo americano, apenas mecanismos de transparência de revisão, como estipular um prazo para cada governo apresentar suas previsões, deveriam ter peso de lei.

    A partir de segunda-feira (7), o documento passa a ser discutido pelos ministros das 195 delegações presentes na COP21, em Le Bourget, no subúrbio parisiense. Apesar das lacunas relevantes, a chefe da delegação francesa, Laurence Tubiana, disse acreditar num acordo até sexta, quando oficialmente a conferência termina. "Este documento marca a vontade de todos de alcançar um acordo. Não estamos no fim da rota. Grandes assuntos políticos ainda devem ser resolvidos", disse Laurence.

    Delegações geralmente mais polêmicas, como a da Venezuela, também adotaram um discurso positivo.

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