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    Colômbia anuncia descoberta de navio espanhol naufragado há 300 anos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    05/12/2015 13h02

    Efe
    Imagem do Ministério da Cultura da Colômbia mostra sítio arqueológico do galeão espanhol San José
    Imagem do Ministério da Cultura da Colômbia mostra sítio arqueológico do galeão espanhol San José

    O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, divulgou em seu perfil no Twitter a descoberta do galeão espanhol San José, naufragado com uma carga de ouro e pedras preciosas havia mais de 300 anos.

    O navio foi naufragado em um ataque do império britânico em 1708, na península de Barú, no mar do Caribe, onde hoje ficam as ilhas Rosario, parte do território colombiano. Fazia parte da frota do rei Felipe 5, que lutou contra os ingleses durante a Guerra da Sucessão Espanhola.

    Twitter de Juan Manuel Santos

    Acredita-se que o galeão carregava 11 milhões de moedas de ouro, além de joias e 600 passageiros rumo à Espanha.

    Neste sábado (5), Santos afirmou que os destroços do navio serão exibidos em um museu construído especialmente para este fim. "Nós vamos construir um grande museu aqui em Cartagena."

    A descoberta, afirma Santos, foi feita por uma equipe de especialistas internacionais, membros da Marinha colombiana e o Instituto de Arqueologia do país na semana passada.

    As imagens de sonar revelaram até o momento canhões de bronze feitos especialmente para o navio, armas, cerâmicas e outros artefatos. Santos não disse, contudo, se há indícios da valiosa carga.

    A propriedade do galeão e sua carga é alvo de uma longa disputa legal entre o governo da Colômbia e a empresa americana de recuperação de cargas Sea Search Armada (SSA).

    Em 1981, a empresa disse ter localizado a área em que o navio naufragou e fez uma parceria com o governo colombiano para encontrá-lo e dividir igualmente a eventual carga.

    Mais tarde, o governo colombiano afirmou que qualquer tesouro encontrado pertenceria unicamente à Colômbia.

    Em 2011, uma corte americana decretou o galeão propriedade de Bogotá. Dois anos depois, o Congresso colombiano aprovou um decreto de lei apresentado por Santos para regulamentar como patrimônio cultural os galeões afundados na costa do país há mais de um século.

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