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    Vice de Cristina é proibido de sair da Argentina por suspeita de corrupção

    MARIANA CARNEIRO
    DE BUENOS AIRES

    11/12/2015 21h13

    O ex-vice-presidente da Argentina Amado Boudou foi proibido nesta sexta-feira (11) de deixar o país sem autorização da Justiça. Ele perdeu o foro privilegiado com o fim de seu mandato e de Cristina Kirchner, na quinta (10).

    Boudou é acusado de uma série de crimes, como corrupção, tráfico de influência e falsificação de documentos. O caso mais conhecido é o da empresa Ciccone, que recebeu a permissão para imprimir as cédulas de pesos argentinos.

    Alejandro Pagni/Efe
    O ex-vice-presidente da Argentina Amado Boudou, em evento em 2014; ele foi impedido de sair do país
    O ex-vice-presidente da Argentina Amado Boudou, em evento em 2014; ele foi impedido de sair do país

    Quando era ministro de Economia, entre 2009 e 2011, o ex-vice-presidente teria perdoado dívidas fiscais da empresa e ajudado a atrair investimentos que tiraram a empresa da falência.

    Em troca, o funcionário teria recebido ações da companhia, que ficaram nas mãos de um laranja. Depois disso, a firma venceu a licitação para a produção de notas de cem pesos, feita pela Casa da Moeda.

    A instituição era controlada por uma aliada de Boudou e era vinculada ao Ministério da Economia, controlado por ele. O escândalo foi descoberto em 2012. Um ano depois, a empresa foi estatizada pelo governo.

    Também receberam proibições de deixar a Argentina José María Núñez Carmona, amigo e sócio do vice de Cristina, e Alejandro Vandenbroele, seu suposto laranja na Ciccone.

    Além do caso Ciccone, Boudou é acusado de improbidade administrativa no manejo dos recursos da Anses, a estatal de previdência social argentina, e falsificação do documento de um carro para evitar ter que dividi-lo com sua ex-mulher.

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