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    União Europeia planeja nova força especial para controle de fronteira

    DE SÃO PAULO

    15/12/2015 17h59

    A União Europeia (UE) vai quase triplicar seus gastos em defesa de fronteiras e criar uma nova força de resposta imediata de 1.500 agentes, caso um projeto anunciado nesta terça (15) seja colocado em prática.

    O plano visa melhorar a segurança do perímetro do bloco em reação à crise de refugiados e manter a zona Schengen, a zona de livre circulação entre 26 países do continente.

    Se aprovada pelos países, a nova Guarda Costeira e de Fronteiras Europeia vai substituir o atual órgão, a Frontex, e acumulará novos poderes incluindo a da nova força de prontidão. Estima-se que, em 2020, a agência tenha um fundo de 322 milhões de euros.

    As autoridades apresentaram o projeto como uma ajuda necessária do bloco à proteção das fronteiras dos Estados mediterrâneos, os quais têm a obrigação de resgatar, abrigar e registrar os refugiados que utilizam as rotas mais comuns de entrada no continente.

    A Comissão Europeia também quer o poder de enviar forças da UE sem o consentimento do Estado-membro em questão —a ideia, no entanto, já enfrenta resistência de governos e é vista por muitos como impraticável.

    "Em uma área de livre circulação sem fronteiras internas, o gerenciamento das fronteiras externas deve ser uma responsabilidade compartilhada", disse Frans Timmermans, vice-chefe de Comissão Europeia.

    O órgão tenta dar voz a países do norte, como França e Alemanha, insatisfeitos com as falhas de países do sul, como Grécia e Itália em registrar as centenas de milhares de estrangeiros que chegam ao continente —ao menos dois dos envolvidos nos ataques de 13 de novembro em Paris entraram como refugiados.

    "Há muito debate sobre nós impondo nossa vontade sobre os Estados-membros", disse Timmermans a repórteres. "Isso é uma rede de proteção. A maioria dos Estados-membros aceitaria com satisfação essa ajuda."

    Segundo o Acnur (Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), desde janeiro, ao menos 894 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo em busca de asilo na Europa. Em 2014, foram 216 mil.

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