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    Em debate, republicanos defendem ação mais dura contra o terror

    THAIS BILENKY
    DE NOVA YORK

    16/12/2015 01h22 - Atualizado às 02h46

    No debate realizado nesta terça-feira (15) pela CNN, os pré-candidatos republicanos com maior intenção de votos defenderam uma atuação mais firme das autoridades americanas no monitoramento de cidadãos para prevenir ataques terroristas.

    O líder da disputa, o empresário Donald Trump, afirmou estar disposto a discutir censura na internet –"estamos em guerra", disse, "e o Estado Islâmico está usando a internet melhor do que nós". O magnata afirmou que traria as "pessoas mais brilhantes" do vale do Silício para ajudar a localizar e impedir o planejamento de ataques e o recrutamento de pessoas por grupos extremistas. "Deveríamos ser capazes de penetrar a internet para achar o EI."

    Robyn Beck - 15.dez.2015/AFP
    Republican presidential candidates (L-R) Ohio Governor John Kasich, businesswoman Carly Fiorina, Florida Sen. Marco Rubio, retired neurosurgeon Ben Carson, businessman Donald Trump, Texas Sen. Ted Cruz, Gov. former Florida Jeb Bush, New Jersey Gov. Chris Christie and Kentucky Sen. Rand Paul take the stage during the Republican Presidential Debate, hosted by CNN, at The Venetian Las Vegas on December 15, 2015 in Las Vegas, Nevada. AFP PHOTO / ROBYN BECK ORG XMIT: 776
    Pré-candidatos republicanos à Casa Branca participam de debate da CNN em Las Vegas

    O segundo colocado, senador Ted Cruz (Texas), disse que o "politicamente correto" impede a gestão do presidente Barack Obama de vigiar a atuação de cidadãos em redes sociais, o que possibilitou o ataque em San Bernardino, que deixou 14 mortos.

    Para senador Marco Rubio (Flórida), o monitoramento dos cidadãos é mais importante que a imigração no combate a extremistas.

    Rubio e Cruz protagonizaram embates –o senador pela Flórida criticou o colega do Texas por ter votado pela restrição do programa de metadados da NSA (agência nacional de segurança). "Precisamos de mais ferramentas, e não menos" para combater o terrorismo, afirmou Rubio. Cruz rebateu dizendo que a mudança no programa o tornou mais efetivo.

    Os dois, que são filhos de cubanos, também debateram política de imigração. Rubio, favorável à regularização de pessoas sem documentos respeitas determinadas condições, afirmou que Cruz também defendeu já proposta. "Eu entendo que Marco tenta criar confusão. Ele não está correto", reagiu o senador do Texas. "Eu liderei a luta contra o projeto de anistia e cidadania legal dele. Ele lutava para garantir anistia, e não proteger a fronteira."

    Na esteira dos ataques em Paris e na Califórnia, com o terrorismo assombrando os americanos, o debate ficou focado no tema.

    Trump voltou a defender sua proposta de barrar muçulmanos, dizendo não ser uma questão de religião, mas de segurança.

    O ex-governador Jeb Bush (Flórida) atacou a proposta. "Donald é um ótimo frasista, mas ele é o candidato do caos e seria o presidente do caos." Trump rebateu dizendo que Jeb protagoniza uma campanha de desastre total".

    A novidade nessa reta final da corrida antes das primárias, que começam em fevereiro, é o ultraconservador Ted Cruz, que disparou para o segundo lugar nas pesquisas e chega a liderar em Iowa, de acordo com dois levantamentos.

    Trump continua na liderança e, de novo, com folga. Na média das pesquisas contabilizada pelo site "Real Clear Politics", ele está com 33% das intenções de voto, mais que o dobro de Cruz, que tem 16,1%.

    Na sequência, vêm o senador Marco Rubio (Flórida), com 12,6%, e o médico aposentado Ben Carson, com 12%. O ex-governador Jeb Bush (Flórida) tem 4% das intenções de voto.

    Se Trump tem dado o tom da corrida, com uma sucessão de polêmicas, Cruz não fica atrás na defesa de ideias conservadoras. Ele é contra regularizar imigrantes sem documentos nos EUA, contra o endurecimento do controle na venda de armas, contra o aborto mesmo em casos de estupro e incesto e duvida que o aquecimento global seja causado por ação humana.

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