• Mundo

    Wednesday, 08-May-2024 09:31:06 -03

    Rússia está pronta para melhorar relação com os EUA, diz Putin

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/12/2015 10h17 - Atualizado às 17h41

    Sergei Chirikov/Efe
    ATENCIÓN EDITORES, CORRIGE NOMBRE DEL FOTÓGRAFO FET04 MOSCÚ (RUSIA) 17/12/2015.- El presidente ruso, Vladimir Putin, ofrece su rueda de prensa anual en Moscú (Rusia) hoy, 17 de diciembre de 2015. Putin aseguró hoy que el país ha superado el peor momento de la crisis y que hay "signos de estabilización" de la actividad económica, en su tradicional rueda de prensa anual. Un total de 1.392 periodistas fueron acreditados para la rueda de prensa anual del presidente ruso, la undécima en este formato, que es transmitida en directo por las principales cadenas de radio y televisión del país. EFE/Sergei Chirikov ORG XMIT: FET04
    Vladimir Putin participa de coletiva de imprensa em Moscou

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (17), durante sua tradicional coletiva de imprensa de fim de ano, que seu país está pronto para melhorar as relações com os Estados Unidos.

    A declaração é feita poucos dias depois de Putin se reunir, em Moscou, com o secretário de Estado americano, John Kerry, para discutir as divergências entre as duas potências sobre temas da agenda internacional em que divergem, como os conflitos armados na Síria e na Ucrânia.

    A visita de Kerry demonstrou que Washington está preparada para "avançar na resolução de problemas que só podem ser solucionados por meio de esforços conjuntos", afirmou o líder russo nesta quinta.

    "Estamos prontos para trabalhar com qualquer presidente que o povo americano escolher", disse Putin durante a coletiva, referindo-se às eleições nos EUA em 2016. "São eles [os americanos] que tentam a todo tempo nos dizer em quem devemos votar."

    Após a coletiva, Putin disse que Donald Trump, favorito para a candidatura republicana à Casa Branca e conhecido por declarações polêmicas, é "uma pessoa brilhante e talentosa". O chefe do Kremlin acrescentou que "certamente acolhe" as propostas de Trump pela melhoria das relações entre EUA e Rússia.

    SÍRIA

    Síria e seus inimigos

    Putin, que deu início no fim de setembro a ataques aéreos na Síria a pedido do ditador Bashar al-Assad, seu aliado e inimigo dos EUA, disse que a operação militar russa continuará até que os sírios decidam ser a hora de pôr fim aos confrontos e começar conversas de paz.

    "Não seremos mais realistas que o rei", disse o líder russo, acrescentando que não aceita que forças externas decidam sobre o futuro político da Síria. "Nós acreditamos que apenas o povo sírio pode decidir sobre quem deve governá-los", afirmou.

    O ex-agente da KGB (antiga inteligência soviética) também disse que Rússia e EUA concordam ser necessário trabalhar por uma nova Constituição e por mecanismos de controle das futuras eleições na Síria. Ele demonstrou apoio à iniciativa de Washington de apresentar uma resolução sobre a guerra síria no Conselho de Segurança da ONU.

    Além disso, Putin afirmou não ter certeza sobre a necessidade de a Rússia estabelecer uma base militar permanente em território sírio pois as Forças Armadas possuem armas poderosas o suficiente "para atingir qualquer um" a milhares de quilômetros das fronteiras russas.

    TURQUIA

    Veja vídeo

    Avião russo é abatido e cai na Síria

    Se, por um lado, Putin apresentou um tom amistoso com relação aos EUA, por outro lado, disse "não ver perspectivas" de melhorar as relações com a Turquia. As tensões entre os dois países se acirraram em novembro, quando a aviação turca abateu um jato de guerra russo perto da fronteira com a Síria.

    Putin descreveu a derrubada do jato como "um ato de inimizade", e disse não entender por que o governo turco fez isso. "O que eles conseguiram? Talvez achavam que nós fugiríamos dali (Síria)? Mas a Rússia não é este tipo de país", afirmou o presidente. A Turquia diz que o avião invadiu seu espaço aéreo, informação negada pela Rússia.

    Putin disse ter ficado chocado ao ver que, após o incidente, a Turquia não tentou dar explicações e imediatamente pediu ajuda para seus aliados da Otan (aliança militar do Ocidente).

    "Alguém no governo turco tentou lamber os americanos em um dado lugar, eu não sei se os americanos precisavam disso", afirmou o presidente.

    "É difícil para nós alcançar um acordo com a atual liderança turca, se é que isso seja possível", acrescentou.

    UCRÂNIA

    Putin disse que a Rússia espera "uma resolução o mais rápido possível" para o conflito no Leste da Ucrânia, no qual o Kremlin é acusado de dar apoio a separatistas pró-russos.

    O presidente russo também disse que Moscou não pretende impor sanções contra Kiev. Ele pediu que o governo ucraniano legisle sobre eleições locais no país e disse que pretende usar sua influência junto aos rebeldes para alcançar um compromisso para encerrar as hostilidades.

    Putin admitiu pela primeira vez que há agentes russos no Leste da Ucrânia "realizando algumas tarefas militares", mas reiterou que não foram enviadas tropas regulares para a região.

    Ele também indicou que Moscou está preparada para realizar uma troca de prisioneiros com a Ucrânia, que diz ter capturado soldados russos em seu território, desde que a troca seja igualitária.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024