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    Sobrevivente é encontrado 70 horas após deslizamento na China

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    23/12/2015 00h47

    Equipes de resgate encontraram com vida duas pessoas soterradas pelo deslizamento de terra na cidade industrial de Shenzhen, no sul da China, 70 horas após o desastre, informaram nesta quarta-feira (23) as autoridades locais.

    Um dos sobreviventes integrava a lista de 76 desaparecidos na tragédia e foi levado a um hospital, informou o corpo de bombeiros.

    O trabalhador Tian Zeming, 21, foi salvo por uma porta que prendeu seu pé, mas segurou parte dos escombros e, assim, deu a ele espaço para sobreviver.

    Com a voz fraca, Zeming disse que outra pessoa estava presa próxima dele. No entanto, as equipes de resgate encontraram a outra vítima sem vida.

    No domingo, uma montanha de lama e resíduos de construção desmoronou em um parque industrial da cidade no sul do país, perto de Hong Kong, soterrando 33 edifícios.

    Segundo informações preliminares, a quantidade de lama e entulho no local era imensa e foi sendo empilhada de um modo excessivamente íngreme, "causando instabilidade e desmoronamento, e levando à queda de edifícios", disse o Ministério de Recursos da Terra em comunicado.

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    Mais de um ano atrás, um jornal controlado pelo governo chinês já havia advertido que a cidade iria ficar sem espaço para despejar o lixo resultante do boom no setor da construção.

    Além de novos edifícios, uma rede de linhas de metrô está sendo construída em Shenzhen, e os montes de terra escavados são despejados em lixões.

    Um jornal oficial de Shenzhen, publicado pelo governo da cidade, citou um funcionário não identificado dizendo, em outubro de 2014, que a escolha de um lugar para o descarte do entulho estava se tornando "extremamente difícil" e essa era a "única coisa" que o preocupava.

    "Shenzhen tem 12 locais de despejo de entulho e só pode aguentar até o próximo ano [2015]", informou na época o jornal.

    A frequência de acidentes industriais na China levanta questões sobre a eficácia das normas de segurança do país, que é a segunda maior economia do mundo e vive há três décadas um crescimento econômico vertiginoso.

    Em agosto, a explosão de um terminal de contêineres com produtos inflamáveis deixou ao menos 112 mortos na cidade portuária de Tianjin.

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