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    Detento que prejudicou kirchnerista em eleição foge de prisão na Argentina

    DA EFE

    27/12/2015 22h00

    Três homens condenados a prisão perpétua por um triplo homicídio cometido em 2008 fugiram neste domingo de um presídio de segurança máxima na província de Buenos Aires, na região centro-leste da Argentina.

    Segundo agentes policias, Víctor Schillaci, acompanhado dos irmãos Cristian e Martín Lanatta, escaparam após renderem e amarrarem dois guardas no presídio de General Alvear, 220 km a sudoeste da capital do país.

    Martín Lanatta ficou famoso durante a última campanha eleitoral no país após acusar em um programa de televisão o então chefe de gabinete e candidato ao governo de Buenos Aires, Aníbal Fernández, de estar envolvido no assassinato de três jovens, crime pelo qual foi condenado ao lado de seu irmão e Schillaci.

    Marcos Brindicci - 5.fev.2015/Reuters
    Argentina's government's chief of staff Anibal Fernandez speaks during an interview with Reuters in his office at the Casa Rosada Presidential Palace in Buenos Aires February 5, 2015. The Argentine prosecutor found dead last month was the unwitting "soldier" of former counterintelligence chief Antonio Stiusso, who was seeking revenge for his firing, President Cristina Fernandez's chief of staff said. Fernandez, who is not related to the president, told Reuters late on Thursday that it was clear years ago that Stiusso called the shots in his relationship with prosecutor Alberto Nisman, who had been investigating the deadly 1994 bombing of a Jewish community center. Picture taken February 5, 2015. To match Interview ARGENTINA-PROSECUTOR/ REUTERS/Marcos Brindicci (ARGENTINA - Tags: POLITICS CRIME LAW) ORG XMIT: BAS105
    O então chefe de gabinete da Presidência argentina, Aníbal Fernández

    A acusação prejudicou a campanha de Fernández, aliado da ex-presidente Cristina Kirchner, da coalizão Frente para a Vitória (FpV), que foi derrotado, contrariando todas as previsões, por Maria Eugenia Vidal, da coalizão conservadora Mudemos, liderada pelo novo presidente da Argentina, Mauricio Macri.

    Os três criminosos roubaram o carro de um agente penitenciário, com o qual percorreram 200 metros até o último posto de segurança, renderam o guarda que estava de serviço, o amordaçaram e o levaram como refém até o bairro mais próximo, onde mudaram de veículo.

    Mais de cem agentes da Polícia Federal e de Buenos Aires, da Interpol e da Agência Federal de Inteligência participam da busca dos foragidos, embora, suspeita-se, eles já tenham cruzado a barreira inicialmente montada pelas autoridades. As informações são de policiais que falaram à agência oficial Télam sob anonimato.

    A fuga ocorreu enquanto era realizada uma cúpula do Serviço Penitenciário de Buenos Aires (SPB). Ao saber da notícia, a governadora da província, Maria Eugenia Vidal, suspendeu o evento e também determinou o afastamento do diretor do presídio.

    Vidal também abriu uma investigação interna e entrou com uma denúncia sobre o caso, informou o Ministério de Segurança de Buenos Aires em comunicado divulgado após o incidente.

    Víctor Schillaci, Martín e Cristian Lanatta foram condenados à prisão pérpetua pelos assassinatos de Sebastián Forza, Damián Ferrón e Leopoldo Bina, envolvidos em uma rede de tráfico de efedrina.

    Os irmãos Lanatta já haviam realizado uma tentativa de fuga em dezembro de 2013, quando estavam detidos em outro presídio.

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