Duas pessoas morreram e pelo menos oito ficaram feridas nesta sexta-feira (1º) em um ataque a tiros que atingiu um bar no centro de Tel Aviv, em Israel. O atirador continua foragido e ainda não se sabem os motivos da ação.

O autor do ataque foi identificado pela polícia como um homem árabe-israelense de 29 anos, que mora em Wadi Ara, no norte do país. Segundo os agentes, ele roubou a arma de seu pai, que trabalha como segurança privado.

Tel Aviv

O Shin Bet (serviço de inteligência interno de Israel) e a polícia tratam o caso como uma ação terrorista, embora não descarte um crime comum. O ataque foi no início da tarde, em um bar em uma esquina movimentada da cidade.

Imagens de câmeras de segurança mostram que o atirador entrou em uma mercearia antes de abrir fogo. Na loja, pegou um punhado de frutas secas, colocou em uma sacola e segundos depois devolve as frutas.

Em seguida, apoia a mochila em uma fileira de carrinhos da mercearia e tira dela o fuzil com que disparou. Ele começa primeiro a atirar para um lado do bar e depois para o outro, e em seguida foge.

Os dois mortos foram identificados como Alon Bakal, um dos gerentes do bar, e Shimon Ruimi, 30, que participava de uma festa de aniversário. Outros sete convidados para a festa ficaram feridos, dois deles em estado grave.

O atirador aparece nas imagens com roupa preta, óculos de grau e um gorro. Inicialmente, testemunhas haviam dito que o autor do crime era branco com feições ocidentais, diferente do padrão árabe-israelense anunciado pela polícia.

Os agentes também encontraram um Alcorão, livro sagrado do islamismo, dentro da mochila. A polícia investiga se o livro é um sinal de extremismo islâmico ou uma pista diversionista colocada pelo atirador.

CERCO

Após o crime, a polícia e o Exército fecharam algumas ruas e as saídas de Tel Aviv em busca do atirador. As forças de segurança, no entanto, não conseguiram prender o suspeito até o momento.

A ação no bar de Tel Aviv ocorre em meio à tensão entre israelenses e palestinos. Desde setembro, ocorrem ataques quase diários de palestinos a israelenses, assim como as forças de segurança mataram centenas de palestinos.

A onda de violência deixou 21 mortos do lado israelense, a maioria em esfaqueamentos, atropelamentos e ataques a tiros. Do lado palestino, foram 131 mortos por soldados israelenses, sendo 90 identificados como autores dos ataques.

A maior parte das ações, no entanto, ocorre em Jerusalém e nos territórios da Cisjordânia, especialmente perto de assentamentos judaicos. Este é o primeiro ataque em Tel Aviv desde 2 de novembro, quando duas pessoas foram mortas após serem esfaqueadas por um palestino.