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    Coalizão liderada pela Arábia Saudita encerra trégua no Iêmen

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/01/2016 10h21

    A coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, anunciou neste sábado (2) que encerrou o cessar-fogo declarado no Iêmen em 15 de dezembro.

    Em comunicado, o grupo afirmou que a trégua foi encerrada às 14h (9h em Brasília) diante dos contínuos ataques de mísseis dos rebeldes houthis contra o território saudita. Segundo o grupo, os rebeldes ainda atiraram contra postos fronteiriços sauditas, dificultaram transporte de comboios com ajuda humanitária e bombardearam civis nas cidades sob seu controle.

    17.out.2015Reuters
    A school destroyed by a Saudi-led air strike is seen in Haidan district of Yemen's northwestern province of Saada October 17, 2015. REUTERS/Stringer EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIVE ORG XMIT: KHA02
    Restos de escola bombardeada por coalizão saudita em outubro, no reduto houthi de Saada

    Forças aliadas aos rebeldes informaram neste sábado (2) que disparam um míssil contra uma sede de segurança da cidade de Abha, no sul da Arábia Saudita. Riad afirmou que suas forças da Defesa Aérea interceptaram o míssil e destruíram a plataforma de lançamento de foguetes no Iêmen.

    O período de cessar-fogo foi resultado das negociações de paz realizadas na Suíça para tentar acabar com a guerra civil que devasta o país. De um lado, estão as forças de segurança que apoiam o governo iemenita do presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi. Do outro, os rebeldes houthis, que recebem apoio do Irã.

    A Arábia Saudita e outros países árabes do golfo Pérsico intervieram no Iêmen no final de março para reconduzir ao poder o governo iemenita, apoiado pela Arábia Saudita, mas após oito meses de bombardeios os houthis ainda controlam a capital, Sanaa.

    Grupos de defesa dos direitos humanos têm manifestado preocupação com o crescente número de mortes causadas pelos bombardeios e combates terrestres nesse país pobre.

    Mais de 5.600 pessoas morreram no conflito e o enviado pela Organização das Nações Unidas para buscar uma saída pela diplomacia ainda não conseguiu uma solução política ou a desaceleração do ritmo dos combates.

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