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    EUA anunciam força-tarefa contra extremismo on-line

    DA REUTERS

    08/01/2016 18h57

    A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira (8) a criação de uma nova força-tarefa para combater o uso de mídias sociais e de propaganda on-line pelo Estado Islâmico (EI) e por outros grupos terroristas e extremistas.

    O grupo ficará sob o comando dos departamentos de Justiça e de Segurança Interna dos EUA e envolverá outras agências federais e locais.

    O anúncio da nova Força-Tarefa para Conter o Extremismo ocorre no mesmo dia em que executivos-chefes de empresas de tecnologia americanas –como Tim Cook, da Apple– se reuniram com altos funcionários de segurança nacional para discutir formas de impedir o uso da internet por extremistas.

    Segundo o governo, o diálogo com as empresas de tecnologia foi focado no combate ao uso das mídias sociais por parte do EI para "recrutar, radicalizar e mobilizar" seus seguidores.

    Também se discutiu como a tecnologia pode ser usada para bloquear adesões a redes extremistas e para identificar padrões de recrutamento.

    9.set.2015/Reuters
    O CEO da Apple, Tim Cook, que discute com o governo dos EUA modos de conter o extremismo on-line
    O CEO da Apple, Tim Cook, que discute com o governo dos EUA modos de conter o extremismo on-line

    Para especialistas, o uso da internet por parte do EI não tem precedentes. Estudo do instituto Brookings divulgado no ano passado estima que o grupo militante tenha operado pelo menos 46 mil contas na rede social Twitter durante um período de três meses em 2014.

    Nos últimos 18 meses, várias empresas de mídia social atualizaram seus termos de serviço para adotar uma posição mais dura contra conteúdo que possa incitar à violência. Algumas, porém, relutam em cooperar com o governo, por preocupações comerciais e com a privacidade de seus usuários.

    Na semana passada, o Twitter, criticado por ser considerado menos cooperativo que outras empresas, decidiu atualizar suas políticas para proibir explicitamente a "conduta odiosa".

    Analistas afirmam que, no último ano de seu mandato e na esteira dos ataques recentes em Paris e em San Bernardino (Califórnia), o presidente Barack Obama quer mostrar que sua administração está se empenhando na luta contra o Estado Islâmico.

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