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    Após elogio presidencial, polícia argentina nega captura de fugitivos

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    09/01/2016 20h26

    Após o presidente da Argentina, Mauricio Macri, parabenizar a equipe que teria capturado os três fugitivos condenados por três assassinatos ocorridos em 2008, a polícia do país negou ter encontrado dois dos criminosos.

    Macri escreveu em seu perfil na rede social Twitter que o trabalho em equipe havia sido fundamental para a prisão dos fugitivos. Cerca de três horas depois, o chefe da Polícia Federal, Roman di Santo, afirmou à imprensa local que apenas um dos condenados, Martín Lanatta, fora de fato localizado.

    Tuíte Macri

    O desaparecimento dos três impactou a política do país. Há rumores de que funcionários do governo de Cristina Kirchner foram responsáveis pela fuga.

    Martín, seu irmão Cristian e Víctor Schillaci faziam parte de uma quadrilha de traficantes de matéria-prima para drogas sintéticas. Durante a campanha eleitoral de 2015, Martín acusou o então chefe de gabinete de Cristina, Aníbal Fernández, de ser o líder da quadrilha e o mandante dos assassinatos.

    28.dez.2015/AFP
    Vitor Schillaci e os irmãos Martín e Cristian Lanatta escaparam da prisão em 27 de dezembro de 2015
    Vitor Schillaci e os irmãos Martín e Cristian Lanatta escaparam da prisão em 27 de dezembro de 2015

    O suposto envolvimento com traficantes feriu a imagem do político, que acabou perdendo a eleição de governador de Buenos Aires.

    Os três condenados escaparam no dia 27 de dezembro e não enfrentaram resistência, donde se presumiu que a saída fora facilitada com o intuito de sabotar o governo da província de Buenos Aires, comandado por María Eugenia Vidal. A governadora é do mesmo partido do presidente.

    Vidal acusou aliados do governo de Cristina de darem suporte e proteção aos fugitivos. Macri, por sua vez, afirmou que o kirchnerismo é cúmplice dos criminosos.

    "Por inação, incapacidade ou cumplicidade do governo anterior, o narcotráfico avançou na última década como nunca em nosso país", discursou na segunda (4).

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