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    EUA acabaram com chances do Irã de obter bomba nuclear, diz Obama

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/01/2016 15h40 - Atualizado às 22h27

    O presidente Barack Obama classificou de vitória da "forte diplomacia americana" a implementação do acordo nuclear com o Irã e a troca de prisioneiros com a nação islâmica. "O Irã agora não vai conseguir ter uma bomba nuclear", disse, em declarações neste domingo (17).

    "E, mais importante de tudo, conseguimos esse progresso histórico por meio da diplomacia, sem recorrer a mais uma guerra no Oriente Médio."

    Saul Loeb/AFP
    Presidente dos EUA, Barack Obama, diz que acordo com o Irã foi grande conquista da diplomacia
    Presidente dos EUA, Barack Obama, diz que acordo com o Irã foi grande conquista da diplomacia

    As declarações foram uma resposta a legisladores republicanos, que vêm criticando a política de Obama de negociar com países considerados inimigos dos Estados Unidos.

    "Soltamos sete terroristas que ajudaram o Irã em seu programa nuclear e concordamos em não processar outros 14 que fizeram a mesma coisa", disse o presidenciável republicano Ted Cruz, referindo-se às contrapartidas americanas na troca de presos que levou à libertação de quatro americanos no Irã.

    Os 14 a que Cruz se referem são iranianos buscados pela Interpol por suposto envolvimento com tráfico de armas.

    "Ou seja, são 21 terroristas que vão ajudar o Irã a desenvolver armas nucleares que eles pretendem usar para nos assassinar."

    O presidente afirmou que os EUA ainda têm grandes divergências com o Irã em relação a violações dos direitos humanos e apoio ao terrorismo. "Continuamos nos opondo ao comportamento desestabilizador do Irã em vários lugares, incluindo suas ameaças contra Israel e nossos parceiros do Golfo, e seu apoio a aliados violentos na Síria e no Iêmen."

    Segundo Obama, a troca de prisioneiros foi "um gesto humanitário e recíproco".

    Obama fez campanha em 2008 prometendo negociar com "inimigos" dos EUA como Cuba e Irã. O acordo nuclear e a reaproximação com Cuba devem se tornar grande parte de seu legado, neste que é seu último ano na Casa Branca.

    O presidente do Irã, Hasan Rowhani, afirmou que o acordo nuclear é "uma página de ouro" na história do país e pode ser usado como modelo para resolver outras questões regionais.

    Irã

    Mas Rowhani criticou Israel, republicanos no Congresso americano e "militaristas" na região (em aparente referência à Arábia saudita e países do Golfo), por se oporem ao acordo. "Todo mundo está feliz, menos os sionistas, os militaristas que estão impulsionando a guerra sectária nas nações islâmicas, e os linha-dura no Congresso dos EUA."

    O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, não abandonou as críticas.

    "Se não fossem nossos esforços para impor as sanções e frustrar os planos do Irã, o país teria obtido armas nucleares muito tempo atrás", disse. "O Irã não abandonou suas aspirações de obter armas nucleares."

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