• Mundo

    Wednesday, 01-May-2024 23:15:35 -03

    Netanyahu acusa chefe da ONU de 'incentivar terror' após críticas a Israel

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    27/01/2016 10h35

    O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, acusou nesta terça-feira (26) o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, de "incentivar o terrorismo", depois de Ban fazer críticas à expansão de assentamentos judaicos nos territórios palestinos.

    "Os comentários do secretário-geral da ONU incentivam o terrorismo", afirmou Netanyahu em um comunicado. "Não há justificativa para o terrorismo. Os assassinos palestinos não querem construir um Estado, querem destruir um Estado."

    Loey Felipe/AFP/Abir Sultan/Reuters
    United Nations Secretary-General Ban Ki-moon briefs the Security Council during the meeting on the situation in the Middle East and Palestine January 26, 2016 at the UN in New York. / AFP / United Natio / UN Photo/Loey Felipe -- Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu attends the weekly cabinet meeting at his office in Jerusalem January 24, 2016. REUTERS/Abir Sultan/Pool ORG XMIT: JER02
    Ban ki-moon (à esq.) em encontro da ONU, e Netanyahu em Jerusalém

    Mais cedo nesta terça-feira, ao falar perante o Conselho de Segurança da ONU, Ban disse estar "profundamente preocupado" com a política israelense de colonização da Cisjordânia, e pediu o fim da construção de novos assentamentos.

    "Estes atos provocativos aumentam o crescimento das populações assentadas, aumentam as tensões e minam quaisquer perspectivas para uma rota política à frente", afirmou Ban. "Isso é uma afronta para a população palestina e a comunidade internacional, e lança dúvidas sobre o compromisso de Israel com uma solução de dois Estados."

    Ban também condenou as agressões de palestinos contra israelenses, dizendo que a ocupação territorial costuma gerar "ódio e extremismo".

    Desde outubro, quando começou a mais recente onda de violência na região, ao menos 25 israelenses e 159 palestinos morreram em ataques e confrontos com as forças de segurança.

    O governo de Israel anunciou nesta segunda-feira (25) a construção de mais de 150 assentamentos na Cisjordânia, área reivindicada pelos palestinos, junto à faixa de Gaza e a Jerusalém Oriental, como território de um futuro Estado. Atualmente, há cerca de 500 mil colonos israelenses vivendo nessas áreas.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024