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    Ministro da Economia do Japão renuncia após escândalo de corrupção

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/01/2016 10h12

    O ministro da Economia do Japão, Akira Amari, 66, pediu demissão nesta quinta-feira (28) para tentar desviar de acusações de corrupção. A renúncia representa uma derrota para o governo do premiê Shinzo Abe, que busca aquecer a economia e tirar o país da deflação.

    Amari se viu envolvido em um escândalo de corrupção depois de a revista "Shukan Bunshun" informar que o ministro e seus assessores receberam suborno de ao menos 12 milhões de ienes (R$ 415 mil), em dinheiro e presentes, de uma empresa de construção cujo nome não foi revelado.

    Em coletiva de imprensa televisionada, Amari negou ter cometido irregularidades, reconhecendo ter aceitado dinheiro de um executivo de uma empreiteira como doação política. Ele disse que parte do dinheiro não foi declarada por erros de seus assessores.

    Com lágrimas nos olhos, o ministro pediu desculpas por gerar "problemas e preocupações" e por minar a confiança da população no governo.

    "O Japão está finalmente saindo da deflação (...) Precisamos aprovar leis no Parlamento para superar a deflação e criar uma economia forte o mais rápido possível", afirmou Amari.

    "Qualquer coisa que afete isso tem que ser eliminada, e não sou exceção. Eu, portanto, gostaria de renunciar como ministro para assumir a responsabilidade [pela denúncia]".

    Amari chefiava o Ministério da Economia desde 2012 e era um dos principais aliados de Abe no governo. Além disso, ele foi um dos principais negociadores do Japão no acordo comercial Tratado Transpacífico, com outros 11 países.

    Menos de duas horas após a renúncia, Abe anunciou que Amari será substituído por Nobuteru Ishihara, ex-ministro do Ambiente e ex-secretário-geral do Partido Liberal-Democrata, que governa o Japão.

    O premiê também disse que as reformas de estímulo à economia serão mantidas.

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