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    Ex-líder marfinense se diz inocente de crimes contra a humanidade

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/01/2016 20h05

    Sia Kambou/France Presse
    ORG XMIT: SK016 (FILES) In this photo taken on February 4, 2011 Ivory Coast strongman Laurent Gbagbo (C) attends in Abidjan a ceremony to pay tribute to thirty-two members of the National Armed Forces of Ivory Coast (FANCI) that lost their lives during the post-electoral violence, spawned by the November 28, 2010 presidential elections.Rival's forces entered Ivory Coast strongman Laurent Gbagbo residence compound in Abidjan on April 11, 2011. AFP PHOTO/ SIA KAMBOU
    O ex-presidente da Costa do Marfim (centro) durante cerimônia em 2011

    Na primeira vez em que o Tribunal Penal Internacional (TPI) julga um ex-chefe de Estado, em Haia, na Holanda, o ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo se declarou inocente da acusação de crimes contra a humanidade e de iniciar uma guerra civil após se recusar a deixar o cargo quando seu adversário Alassane Ouattara venceu as eleições à presidência, em 2010.

    O TPI abriu nesta quinta-feira (28) o julgamento de Gbagbo, que é acusado de ser "coautor indireto" de quatro crimes contra a humanidade: assassinatos, estupros, perseguições e outros atos desumanos,  que resultaram na morte de aproximadamente 3.000 pessoas. Seu aliado na época, o líder miliciano Charles Ble Goude, também será julgado. Ambos demonstraram tranquilidade na leitura das acusações.

    Segundo a acusação, os ataques cometidos pelas forças pró-Gbagbo entre 16 de dezembro de 2010 e 12 de abril de 2011 "tinham caráter generalizado e sistemático" e eram dirigidos "a comunidades étnicas ou religiosas específicas".

    Laurent Gbagbo foi preso em abril de 2011 com sua esposa Simone, sob mandato de prisão da TPI, após ter ficado escondido no subsolo de sua residência em Abidjan, sob fogo das forças armadas francesas.

    O TPI, em Haia, é o primeiro tribunal penal internacional permanente encarregado de julgar os autores de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. 

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