Desde o início dos anos 70, o Estado de Iowa, que concentra parco 1% da população norte-americana, tem sido a linha de largada para a corrida eleitoral mais acompanhada do planeta.
O calendário de prévias partidárias varia, mas o eleitorado deste Estado agrícola do Meio-Oeste sempre é o primeiro a apontar seu republicano e seu democrata favorito para a Casa Branca.
Isso ocorre porque Iowa fixou em sua lei o dever (ou direito) de abrir a temporada eleitoral após os democratas George McGovern (1972) e Jimmy Carter (1976) investirem boa parte de seu tempo de pré-campanha ali, ganhando um impulso decisivo e atraindo para o Estado atenção nacional.
Sam Hodgson/The New York Times | ||
Buttons do magnata Donald Trump, pré-candidato republicano à Casa Branca, são vendidos em Iowa |
Antes da lei, as prévias ali já ocorriam no início do ano, sem ordem fixa, pois o processo de oficialização no Estado prevê três passos subsequentes que acabam por dilatar seu cronograma.
A honra cabia então a New Hampshire, que também fixou a prerrogativa da primeira eleição primária em sua lei —deferência ao fato de ter sida a primeira das 13 ex-colônias a declarar independência do Reino Unido, no século 18.
A mudança não impôs conflito legal, já que Iowa não promove eleições primárias, e sim "caucus".
Nesse processo, o vitorioso é apontado após rodadas de debate em que os grupos de eleitores simpatizantes de um postulante, em cada seção eleitoral, tentam convencer os demais a aderirem, até que um seja majoritário. Testemunhá-lo é como assistir a uma reunião de condomínio.
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