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    ANÁLISE

    Resultados em Iowa deixam Rubio na posição mais confortável

    LUCIANA COELHO
    EDITORA DE "MUNDO"

    03/02/2016 02h01

    Ted Cruz conseguiu seu momento em evidência, Donald Trump mostrou que não é apenas fanfarra, mas foi Marco Rubio, senador pela Flórida que aos 44 anos cumpre seu primeiro mandato, quem se posicionou de forma mais confortável no confronto entre os republicanos após a prévia no Estado de Iowa.

    Com os resultados do caucus desta segunda (1º), Rubio começa a se consolidar como o candidato mais palatável aos caciques republicanos.

    Com quase o mesmo percentual de votos de Trump e menos de cinco pontos percentuais atrás de Cruz, o filho de cubanos formado em direito mostrou que tem apelo ao eleitorado mais conservador e larga vantagem sobre outros candidatos considerados menos estridentes do que Trump e Cruz pela porção mais ao centro do partido.

    Carlo Allegri/Reuters
    S. Senator and Republican presidential candidate Marco Rubio waves as he arrives at a campaign rally in Exeter, New Hampshire, February 2, 2016. REUTERS/Carlo Allegri ORG XMIT: CRA213
    O senador Marco Rubio acena a apoiadores em comício em Exeter, New Hampshire

    Sua vantagem sobre o quarto lugar (o neurocirurgião aposentado Ben Carson, que surfa em onda similar à de Trump) foi de quase nove pontos. O ex-governador da Flórida Jeb Bush, que já foi visto como seu maior rival, ficou mais de 20 pontos atrás.

    Essa distância é importante principalmente para atrair o dinheiro daqueles doadores conservadores que não se sentem seguros apoiando o imprevisível Trump ou o politicamente mal preparado Cruz, que em seu curto tempo de Senado não teve funções de relevo que o pusessem à prova.

    Não se deve confundir, porém, polidez e articulação com moderação.

    Rubio, bom orador, passa ao eleitorado uma sensação de calma e segurança que os dois outros falham em transmitir.

    Ele é, segundo as pesquisas de boca de urna feitas pelo "New York Times" e pela rede CNN, o candidato dos eleitores mais urbanos, mais escolarizados, menos religiosos e daqueles que preferiram Mitt Romney em 2012 –este sim um moderado.

    Mais importante, ele foi o favorito de eleitores que se consideram independentes dos dois partidos e votaram na prévia conservadora (a lei local permite).

    Esse dado é crucial para a liderança do partido, que cobiça o eleitor indeciso entre direita e esquerda na disputa pela Casa Branca em 8 de novembro, seja com a favorita democrata, Hillary Clinton, ou com Bernie Sanders.

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